Tendências que vão impactar o consumo em 2024

De olho no que aconteceu na maior feira do mundo, a NRF 2024: Retail’s Big Show, sabe-se que entre os principais assuntos, debatidos no evento, que vão impactar o varejo, foram: retail media, Inteligência Artificial e novas tecnologias, canais de distribuição, geração Z e ESG. Esses temas são um reflexo das mudanças nas expectativas dos consumidores e as inovações tecnológicas que estão moldando o futuro das compras online.

Diante deste cenário, com o objetivo de fortalecer o relacionamento com os consumidores, proporcionar uma boa experiência durante a jornada de compra, bem como uma comunicação assertiva, especialistas apontam quatro requisitos que vão ditar o comportamento dos consumidores em 2024. Veja a seguir:

1- Conteúdo enriquecido atrelado a IA generativa para ampliar awareness e vendas

Segundo Andrea Miranda, CEO e cofundadora da STANDOUT, maior empresa de trade marketing digital e referência em inteligência no setor, uma estratégia importante para marcas e o comércio eletrônico, que proporciona uma melhor experiência de compra é o uso de conteúdo enriquecido. Também chamada de vitrine digital, a ferramenta faz a ponte entre as marcas e os consumidores, trazendo conteúdo de qualidade para o comprador. No caso da STANDOUT, a IA generativa está conectada ao conteúdo enriquecido que a marca coloca na solução da martech. A partir disso, disponibiliza palavras-chave para a melhoria de SEO e de indexação por mecanismos de busca. “Ela ajuda a finalizar o conteúdo da vitrine digital para utilizar as palavras que vão surtir mais efeito para o cliente dessa marca a encontrar o produto desejado. O objetivo é oferecer mais relevância para a marca, impactando o shopper com um conteúdo alinhado ao que procura e que o ajude a compreender a usabilidade do produto e outras informações relevantes que colaboram para a decisão de compra do consumidor”, explica Andrea Miranda.

2- Como a prevenção de fraudes impacta na experiência do consumidor

A acelerada digitalização da economia brasileira muitas vezes coloca em oposição dois fatores essenciais para o sucesso dos negócios. De um lado, está a necessidade de oferecer a melhor experiência ao consumidor (CX) possível. De outro, a necessidade de garantir segurança e prevenção a fraudes. A busca por atendimento rápido e eficaz está muito presente nas decisões de compra dos clientes. O segundo aspecto é a questão da prevenção às fraudes – um tema a cada ano mais estratégico para os negócios. Quanto mais digitalização, mais possibilidades de fraude e crimes cibernéticos – levando à necessidade de contar com fortes defesas contra as ações criminosas.

Do ponto de vista do cliente, a melhor prevenção de fraude é invisível e não afeta a experiência de consumo. Ela ocorre nos bastidores e é muito precisa nos resultados que proporciona. É o caso da Nethone, empresa de soluções de prevenção de fraudes digitais. Atuando diretamente na prevenção de fraudes digitais junto a empresas, a empresa oferece soluções que utilizam a análise de dados comportamentais de cada usuário em tempo real, evitando 95,3% das tentativas de fraudes. Com a tecnologia de KYU (Know your user) e IA, os recursos entendem quais são as atitudes suspeitas de determinados usuários, bloqueando a utilização e prevenindo crimes cibernéticos.

3- Geração Z quer consumir produtos para o autocuidado e com selo eco-friendly

Os consumidores, principalmente a geração Z, buscam por experiências de compra personalizadas e alinhadas aos seus ideais. De acordo com uma análise da Nubimetrics, plataforma que empodera os sellers com dados inteligentes, em 2024, as pessoas estarão mais atentas nos marketplaces a produtos com selo eco-friendly, que privilegiem métodos de produção sustentáveis e com base em produtos recicláveis e a artigos que privilegiem o autocuidado e a saúde mental. A tendência é observada, principalmente, em categorias como moda, papelaria, alimentos e fitness, em produtos como cápsulas de café reutilizáveis e cadernos inteligentes, por exemplo.

“Aliar tendências de mercado a inteligência artificial para definir a melhor forma de comercializar produtos e fidelizar clientes são estratégias para garantir as vendas no e-commerce em 2024. Bons produtos, atendimento personalizado e diretrizes éticas alinhadas aos desejos dos consumidores da geração Z são requisitos para o sucesso dos negócios na esfera on-line”, afirma Juliana Vital, Global Chief Revenue Officer na Nubimetrics.

4- IA aliada ao varejo e a experiência do consumidor, Retail Media e a segurança das marcas em ambientes digitais (brand safe)

Segundo Ewerton Mokarzel, CEO da FutureBrand, ecossistema integrado em gestão de marca e negócio com foco no futuro, já era esperado que o grande tema da NRF 2024 fosse a inteligência artificial. Mais especificamente seu poder de ajudar o varejo a ser mais eficiente e oferecer uma melhor experiência ao consumidor com maturidade e casos concretos no uso da IA. Outros temas como a ética e os princípios no uso das tecnologias, sustentabilidade, propósito, omnicanalidade e experiências cada vez mais fluidas entre canais físicos e digitais também continuam em pauta.

"O grande destaque e interesse dos mercados da Ásia e da América Latina foram as novidades deste ano, assim como o "Retail Media" como um novo canal publicitário e fonte de receita para os varejistas. A monetização de dados e audiência não são assuntos necessariamente novos, porém foram aprofundados e ganharam destaque, principalmente para os brasileiros, com um painel sobre mídia no Brasil”, pontua o CEO܂Assim como em outros mercados, estratégia tem crescido consideravelmente no território brasileiro, à medida que marcas e varejistas reconhecem o valor e as oportunidades de publicidade mais direcionadas aos consumidores - seja em estabelecimentos físicos ou plataformas digitais.

Outra possibilidade de crescimento desse tipo de canal pode estar relacionada à necessidade das marcas procurarem ambientes considerados "brand safe", que são espaços seguros para exibir conteúdos. “A preocupação com a segurança da marca torna-se uma preocupação dos anunciantes, especialmente em ambientes digitais, onde podem ser impactados por temáticas ofensivas e inadequadas, prejudicando a reputação do negócio. Um ponto a ser observado é a capacidade dos varejistas de fornecer métricas quantitativas de mídia, capazes de avaliar o desempenho e o impacto das campanhas", conclui Mokarzel.