Série, parte 4 : O seguro é um partido que não tem desvio para direita ou para a esquerda, pois seu significado é empreender
“As bases teóricas dessa constatação veio com a Teoria das Janelas Quebradas, desenvolvida na escola de Chicago por James Q. Wilson e George Kelling. Explica que se uma janela de um edifício for quebrada e não for reparada a tendência é que vândalos passem a arremessar pedras nas outras janelas e posteriormente passem a ocupar o edifício e destruí-lo. O que quer dizer que a desordem gera desordem, que um comportamento anti-social pode dar origem a vários delitos. Por isso, qualquer ato desordeiro, por mais que pareça insignificante, deve ser reprimido. Do contrário, pode ser difusor de inúmeros outros crimes mais graves. Serve as bases daquilo que a sociedade e a alguns setores da mídia hoje defendem: a tolerância zero, que por coincidência também é o nome atribuído a uma teoria desenvolvida tempos atrás pelos mesmos estudiosos da Escola de Chicago”. FONTE
Admitir brechas é o mesmo que deixar as janelas quebradas, sem a devida reparação e o nosso mercado deve entender que vândalos poderão tentar destruir o edifício todo. Contudo, a política de mercado é de suma importância para ajudar a indústria dos seguros a não deixar que isso aconteça de jeito nenhum. E aí podemos dar exemplos de janelas quebradas.
Vamos aos fatos, o que foi realizado para inserir a Proteção Veícular no setor de seguros? Mantendo-a e combatendo-a simplesmente difundiu uma cultura romântica, que já fixou raízes. O adequado mesmo deveria ser focar no Direito e nas Obrigações da Proteção Patrimonial, pois, antes da Lei, o costume de qualquer entrada comercial pode estabelecer o Direito Costumeiro. Sem Lei, não há obrigações, regras ou impostos, permitindo crescimento no número de objetos e um âmbito financeiro gigante, que foi a pedra que também quebrou a vidraça da janela. O mercado está há décadas vendo do próprio interior do prédio, sem "inserir" a Proteção Patrimonial na indústria de seguros. E com o avanço do Direito Costumeiro, restam cacos esparramados pelo lado de dentro do prédio. E se o mercado não fizer essa inserção, a própria Proteção fará isso, aliado aos milhões de clientes que eles já têm, que de alguma forma legal ou não talvez se chamem de segurados.
Uma questão adicional de relevância, para encerrar esses exemplos: o novo DPVAT como uma oportunidade perdida. Sabemos que o DPVAT ou qualquer outro nome que deriva desse mesmo contexto social é necessário. E mesmo sem direcionamento, busco ressaltar sua importância. A gestão silenciosa e política é acertada, mas avançou demasiadamente em um texto que não contempla o mercado de seguros como um todo, apenas setores. E se não acreditam nesta convicção, me respondam? Qual é a seguradora encarregada de administrar isso? ? Não seria isso uma outra pedra na janela? Por bem, não vou responder essas perguntas, deixo a cargo daquele que me lê!
Como defensor sem reservas da indústria dos seguros, quero ressaltar que neste aspecto a escola de Chicago tem uma certa razão, ou você acha que o atributo político não poderia ter deixado esse tema mais próximo de diretrizes que não deixariam as janelas quebrarem?
Amanhã continua
ARMANDO LUÍS FRANCISCO
Jornalista e Corretor de Seguros
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