ESG: 8 dicas para evitar dados inadequados que geram prejuízos a empresas

Um estudo realizado pela IBM Institute for Business Value (IBV), que realiza pesquisas de negócios, revelou que dados inadequados são um dos principais obstáculos para avançar ações dentro do universo ESG (Ambiental, Social e Governança) das organizações. Embora a frente tenha se mostrado fundamental entre a maioria dos entrevistados (78%), aqui no Brasil o estudo identificou uma lacuna na percepção entre as empresas e os consumidores.

É inegável que a sustentabilidade e a responsabilidade social corporativa têm se tornado cada vez mais centrais nas estratégias empresariais. E o ESG emergiu como um critério fundamental para avaliar o desempenho das companhias no que diz respeito a esses aspectos críticos. No entanto, à medida que as organizações buscam abraçar esses princípios, a questão dos dados inadequados no contexto ESG ganha destaque.

Isso porque o sucesso de qualquer iniciativa desta frente depende de uma base sólida de dados confiáveis. Infelizmente, diversas empresas enfrentam o desafio de coletar, analisar e reportar informações relevantes e precisas em todas as áreas do ESG, o que levanta uma série de problemas que afetam não apenas a credibilidade das avaliações ESG, mas também a capacidade das empresas em tomar decisões.

Fica claro que ainda há dúvidas sobre a importância da precisão destes dados para o progresso dos projetos da área, bem como os passos para superar desafios semelhantes, os quais as empresas passam, invariavelmente, devido à evolução da pauta no mercado.

Para guiar sobre boas práticas para este desafio, é possível se orientar com alguns pontos específicos que ajudam as empresas neste sentido. São eles:

- Avaliação precisa: dados inadequados podem levar a avaliações imprecisas, impactando negativamente a percepção das partes interessadas sobre o compromisso da empresa com a sustentabilidade e a responsabilidade social.

- Tomada de decisão com informações corretas: decisões de negócios orientadas pelo ESG dependem de informações confiáveis, logo os dados inadequados podem levar a estratégias equivocadas.

- Transparência e credibilidade: a falta de transparência na divulgação de informações ESG prejudica a credibilidade das empresas, enquanto os dados incompletos ou enganosos podem desgastar a confiança dos investidores, consumidores e outras partes interessadas.

- Impacto real: a verdadeira mudança sustentável só pode ser alcançada com base em informações sólidas. Logo, dados inadequados podem impedir as empresas de direcionar seus esforços para áreas que têm o maior potencial de impacto positivo.

- Melhoria da coleta de dados: as empresas precisam investir em sistemas de coleta de dados robustos e precisos que abranjam todas as dimensões do ESG e isso pode envolver parcerias com especialistas e uso de tecnologias avançadas, como análise de Big Data e Inteligência Artificial.

- Transparência na divulgação: as organizações devem ser transparentes sobre os métodos de coleta e análise de dados ESG, o que permite às partes interessadas avaliarem a qualidade e a confiabilidade das informações apresentadas.

- Treinamento interno: investir em treinamento e conscientização pode ajudar a melhorar a qualidade dos dados coletados e na compreensão da importância do ESG em todos os níveis da organização.

- Auditorias externas: a realização de auditorias independentes e verificações externas pode garantir que as informações ESG estejam em conformidade com padrões aceitos e sejam devidamente validadas.

Reconhecer a importância de dados adequados no contexto ESG permite que avancemos em direção a um futuro mais sustentável e responsável a partir de tomadas de decisões que criam um impacto positivo duradouro. Os relatórios ESG recebem cada vez mais atenção tanto pelo lado dos investidores, que estão voltados a esses esforços, quanto dos colaboradores, que buscam garantias nas empresa em que trabalham.

Os dados, quando corretos, não só melhoram a qualidade de reportes e dos modelos de comunicação ESG para que sejam resumidos de forma executiva e de fácil entendimento para os diversos públicos, mas também nos permite alcançar o objetivo de construir um mundo empresarial mais consciente e responsável para todos.

*Javier do Porto é gerente do centro de desenvolvimento de talentos da Globant Brasil, empresa nativa digital focada em reinventar negócios por meio de soluções tecnológicas inovadoras.

Sobre a Globant:

Somos uma empresa nativa digital, parceira de organizações que buscam a reinvenção e o alcance máximo de seu potencial. Somos o lugar onde a inovação, o design e a engenharia se encontram em escala. Passamos de 27.000 funcionários e estamos presentes em 25 países em 5 continentes, trabalhando para empresas como Google, Electronic Arts e Santander, entre outras. No Brasil, somos 1.200 colaboradores.

Fomos nomeados Líderes no IDC MarketScape: Worldwide AI Services 2023 Vendor Assessment doc #US49647023, May 2023) e Líder Mundial em Customer Experience Improvement Services 2020 Vendor Assessment (doc # US45658220 , September 2020). Também fomos apresentados como um estudo de caso de negócios em Harvard, MIT e Stanford. Somos membros ativos da Green Software Foundation (GSF) e do Cybersecurity Tech Accord.