Ansiedade no trabalho: como solucionar a questão nas empresas

Segundo o levantamento nacional Covitel 2023, 26,8% dos brasileiros receberam diagnóstico médico de ansiedade, sendo um terço (31,6%) pertencente à população mais jovem, de 18 a 24 anos. Como um dos tópicos mais preocupantes do mercado de trabalho, considerando o alto índice de diagnósticos no Brasil, o tema entrou no radar das empresas, que estão cada vez mais atentas à forma de lidar com a saúde mental e o bem-estar de suas pessoas.

No que se refere ao mercado de tecnologia, essa questão é ainda mais presente, seja pelo grande volume de trabalho direcionado aos especialistas, seja pela pressão em função das novas tecnologias que vão surgindo e das habilidades técnicas que passam a ser requeridas. De acordo com o estudo “Diagnóstico comportamental dos profissionais de TI”, realizado pela IT Mídia, a maioria dos profissionais se diz preocupado com seus empregos, e, assim como apontou o estudo Covitel 2023, os jovens estão em situação mais delicada: aqueles com menos de 25 anos são o grupo com o menor percentual (31%) de respostas indicando “feliz e engajado” nas suas posições atuais, o que favorece o desencadeamento de questões de saúde mental.

Segundo Kari Silveira, co-fundadora e COO da Impulso, organização especializada no desenvolvimento de profissionais e entrega de times de tecnologia sob demanda, é fundamental que as empresas considerem a estruturação de processos mais humanizados e ofereçam ambientes saudáveis que levem integração e motivação às pessoas. “Em uma pesquisa recente realizada pela Harvard Business Review, foi identificado que quase 90% dos 80 mil profissionais de tecnologia entrevistados estão preocupados com a segurança no trabalho, o que não pode acontecer. O dever da transparência quanto ao desempenho dos profissionais e da própria operação dos times é responsabilidade da empresa, e, em casos negativos, isso deve ser compartilhado e trabalhado com as pessoas da forma mais clara e humanizada possível”, explica a executiva.

De acordo com Kari, na Impulso, foram implementadas ações que mapeiam o cuidado com a saúde mental dos colaboradores e que, consequentemente, são essenciais para o desempenho eficaz e sustentável do ambiente de trabalho. “Prezamos por uma comunicação clara e direta, temos reuniões informais, como happy hours, para a troca de experiências e momentos descontraídos entre os times, onde também jogamos juntos. Além disso, oferecemos apoio para que as pessoas tenham acesso a terapias e atividades físicas, e prezamos sempre por um espaço para conversas regulares e informais, com o compartilhamento de ideias, fotos, músicas, etc.”, explica.

Para garantir um clima acolhedor no espaço de trabalho, é importante ir além do discurso e executar ações práticas e concretas. “Reflita com a alta gestão e seus líderes sobre a possibilidade de criação de um espaço onde as pessoas se sintam parte da empresa e alinhadas aos objetivos corporativos. Ao implementar operações que favoreçam ambas as partes, as organizações vão construindo e consolidando uma cultura forte e saudável, em que as relações pessoais e profissionais coexistem de forma harmoniosa. E isso certamente corrobora para o sucesso do negócio”, finaliza a COO.

Sobre a Impulso

A Impulso é uma organização especializada no desenvolvimento de profissionais e na entrega de times de tecnologia sob demanda que há mais de 12 anos impulsiona e auxilia médias e grandes empresas. Dentre seus clientes estão companhias como Stone, Somos Educação, Globo e Cielo.