IA: há mais vagas que profissionais qualificados, diz estudo
Inteligência Artificial generativa pode aumentar anualmente até US$ 4,4 trilhões à economia mundial e reduzir até 70% do tempo de trabalho se combinada a outras tecnologias, mas cerca de 50% das empresas precisam capacitar funcionários para driblar mercado desqualificado
Engenheiro de machine learning, cientista de dados, engenheiro de dados, designer de IA e engenheiro de software são alguns profissionais necessários para compor uma equipe para projetos de Inteligência Artificial (IA), mas não há profissionais capacitados para atender o mercado, segundo o que aponta a Pesquisa Global McKinsey sobre IA de 2022.
O estudo, realizado anualmente desde 2017, apresenta um cenário promissor para o mercado de talentos tecnológicos ao trazer a realidade sobre a necessidade de mudança organizacional em empresas que pretendem incorporar a IA nos seus processos.
Os dados apontam que quase 50% das 1.500 empresas entrevistadas na pesquisa utilizam a estratégia de requalificar os funcionários. Rogerio Gomes, da Agência WRG Marketing explica que é importante que o profissional aprenda a utilizar as ferramentas de IA ou entenda ao menos o funcionamento delas. “Quanto antes o profissional se aproximar desta nova tecnologia, mais preparado ele estará para o momento em que a mudança chegar ao seu mercado de atuação, e mais rápido será a adaptação ao trabalho”.
Desde o final de 2022, quando os efeitos da IA generativa começaram a ser sentidos, algumas atividades profissionais foram aprimoradas como benefício desta tecnologia. O estudo O potencial econômico da IA generativa: a próxima fronteira de produtividade aponta que este aperfeiçoamento da IA pode aumentar anualmente de US$ 2,6 trilhões a US$ 4,4 trilhões à economia mundial.
No entanto, o relatório da pesquisa também pontuou que implementar totalmente uma tecnologia em uma organização demanda dinheiro, tempo e profissionais qualificados. Para descobrir como as tecnologias de automação estão impactando o trabalho foram analisadas 850 ocupações em 47 países, o que equivale a cerca de 80% da força de trabalho mundial. Em relação a IA generativa, as tarefas como entender a linguagem natural, comunicar-se com outras pessoas, buscar e coletar informações foram observadas.
O resultado apontado foi de 60 a 70% de redução no tempo de trabalho realizado por pessoas a partir de uma combinação de IA generativa com outras tecnologias. O principal impacto que esta tecnologia terá na força de trabalho será a produtividade. “Este é um caminho sem volta, o melhor jeito para se preparar para as mudanças causadas por IA, não é ir contra ela, pelo contrário, é fazer o possível para estar perto das ferramentas e aprender sobre as principais do mercado”, afirma Gomes.
Para complementar, Rogério explica que toda semana é possível observar o lançamento de uma nova ferramenta de IA para auxiliar nas tarefas ou nas pesquisas online. Entretanto, o especialista explica que quando se fala em pesquisas na internet, é comum encontrar resultados de vídeos que são gerados por IA, ou seja, é uma pessoa gerada por IA que fala diretamente com o consumidor. “Isso já está ocorrendo para diversas buscas como buffet infantil zona leste, carro elétrico infantil, assistir futebol ao vivo hoje, rede de proteção para janelas, agência de marketing digital em são paulo e outros.” finaliza.
De acordo com o guia de carreira Guia do Estudante há pelo menos sete profissionais que a Inteligência Artificial generativa irá exigir do mercado em pouco tempo, alguns deles são funções conhecidas, mas que se tornarão profissões, como designer de prompt, segurança de IA e auditor de chatbot.
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