Certificados e diplomas impressos estão com os dias contados, dizem especialistas em RH
Essa tendência está revolucionando o cenário educacional e corporativo, proporcionando maior agilidade e praticidade na validação de conquistas e habilidades, especialmente quando compartilhadas nas redes sociais. Além disso, o uso de certificados digitais estabelece uma conexão mais próxima entre instituições e seus públicos, promovendo uma identificação mais sólida com as marcas envolvidas.
O uso de certificações e diplomas digitais como ativos de marketing para aumentar a visibilidade e credibilidade das marcas tem se tornado uma prática cada vez mais comum, especialmente entre as grandes instituições financeiras e educacionais do Brasil e no mundo. Essa nova prática tem se consolidado, e espera-se que mais empresas se adaptem a ela. Um dos setores que têm adotado essa estrutura é o educacional.
Antes da pandemia, a Fundação Getulio Vargas (FGV) emitia mais de 25 mil certificados em papel, assinados à mão por ano. No entanto, a instituição tomou medidas para reduzir drasticamente a emissão desses certificados e diplomas em papel, optando pelo formato digital. Para a diretora de Gestão Acadêmica da FGV, Mary Murashima, essa mudança ocorre em razão da flexibilidade e facilidade de ter portfólio digital de certificações, que pode ser acessado de qualquer dispositivo móvel e compartilhado, o que coloca em evidência a marca da empresa por novos canais.
A FGV trabalhava com um volume grande de papel, e a logística do envio de certificados também era complicada, não apenas pelos custos da impressão, mas também o envio pelos correios para várias partes do país, e até mesmo para o exterior. “Anteriormente, o processo envolvia diversas etapas, como liberar o certificado no sistema, imprimir, encaminhar para a assinatura e enviá-lo para o centro de distribuição para ser embalado e etiquetado. Em seguida, era enviado pelo correio, com diferentes prazos e localidades do país e do mundo. Porém, com a ajuda da tecnologia, basta apertar o botão e o certificado fica imediatamente disponível”, explica Mary.
Ainda de acordo com a diretora de gestão da FGV, com a facilidade do recebimento das certificações e medalhas, o feedback tem sido positivo e a maioria dos estudantes reconhece o valor agregado e prático das certificações. A FGV apresenta um índice de ativação de 92% dos badges emitidos. “O perfil dos estudantes está mudando, e cada vez mais eles buscam tecnologia e reconhecem as vantagens oferecidas. Ainda existem pessoas que preferem o certificado impresso, mas esses casos são menos frequentes.”, conclui.
Quando compartilhadas nas redes sociais, principalmente no LinkedIn, essas certificações têm um peso significativo. Exibir o selo ou a marca da instituição agrega valor às conquistas, seja no âmbito profissional ou acadêmico. “Quando se tem o selo ou a marca da instituição, tem um valor especial. Além disso, a emissão de certificações digitais por meio de badges também é um posicionamento de marcas para as empresas, reforçando sua imagem e reputação”.
E é por meio da tecnologia blockchain que contribui para aumentar a confiabilidade dos certificados digitais, garantindo segurança às informações e a autenticidade dos documentos, ainda que eles trafeguem pelos canais digitais. “Além de seguro, é muito rápido”, conclui Mary.
Para transformar todo esse processo em digital, a FGV contratou a empresa de tecnologia Brasil Open Badge para viabilizar a emissão dos certificados e diplomas. “Se não tivesse adotado a emissão de medalhas digitais durante a pandemia, seria impossível gerar todo esse material físico. E pretendemos continuar assim, pois já temos a estrutura montada.”, explica Mary. A Brasil Open Badge é uma plataforma tecnológica reconhecida como pioneira do setor de certificação de medalhas digitais (badges) no Brasil e América do Sul. Até o momento, mais de 300 mil medalhas digitais foram emitidas a instituições financeiras e educacionais, como FGV, Santander, Itaú, Banco Pan, Grupo Pão de Açúcar, ESPM, FIA, Anhembi Morumbi e Ibmec.
Instituições financeiras, como Itaú, Santander e Grupo Pan, também já adotaram o uso das certificações e diplomas digitais nesses processos. Para Rubens Gurevich, CEO da Brasil Open Badge, as medalhas digitais funcionam como uma espécie de criptomoeda com valor de mercado. Universidades corporativas, como Itaú, Santander e Pan, assim como grandes marcas que oferecem treinamentos corporativos certificados, necessitam dessas medalhas. “Elas representam moedas emitidas com alto valor, demonstrando que esses emissores renomados estão capacitando seus colaboradores e que os documentos certificados são autênticos”, diz.
Para ele, a plataforma é um projeto de marketing, onde o ganhador mostra suas habilidades, enquanto o emissor mostra a sua habilidade de ensinar e capacitar. “É um projeto de benefício mútuo, onde ambas as partes saem ganhando”, explica o CEO. Desta forma, as medalhas digitais têm o poder de incentivar as pessoas a compartilharem suas conquistas acadêmicas ou profissionais nas redes sociais, transformando o que antes era apenas um certificado em algo mais significativo. Essa abordagem traz uma nova perspectiva para o reconhecimento, agindo como uma vitrine não apenas para a empresa, mas principalmente ao profissional.
Uma das principais características das medalhas digitais é a sua segurança das informações que elas contêm. Assim como as famosas bitcoins, as medalhas digitais são criptografadas usando a tecnologia Blockchain, o que garante a veracidade das informações nelas inseridas.
O que são Medalhas Digitais?
O badge é um metadado, uma imagem que contém informações armazenadas. Além de garantir a autenticidade e a unicidade dos conhecimentos adquiridos por meio de cursos, as medalhas digitais certificadas também proporcionam uma valorização das marcas dos emissores nas redes sociais.
Ao clicar na imagem, o metadado é aberto e exibe as informações relacionadas ao curso ou treinamento, e não apenas o nome da certificação e sua descrição, mas também os tópicos abordados no curso, os critérios de emissão, a razão pela qual foi certificado, a nota obtida e a porcentagem de participação. Além disso, é possível verificar se possui uma validade determinada ou indeterminada. Todas essas informações podem ser visualizadas.
Segundo dados divulgados em 2022 pela Fast Company, renomada publicação mundial em mídia de negócios com foco editorial em inovação, tecnologia e liderança, mais de 44% dos usuários do LinkedIn adicionaram certificados aos seus perfis nos últimos dois anos. Essa estatística demonstra o enorme potencial de crescimento dos badges como uma referência para validar conquistas de novas habilidades nos âmbitos profissional, universitário e escolar.
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