Subsegmentação na Saúde Suplementar
Autor: Roberto Parenzi - Sócio Diretor da Capitolio Comunicações Estratégicas
Em meus últimos artigos tenho falado, sempre, nas perdas dos planos com sinistralidade, fraudes, judicialização, e no quão urgente são necessárias medidas para contenção desta sangria.
No último, sugeri até uma nova forma de modelo de comercialização com a introdução de alguma medida semelhante ao modelo americano, com a implementação da venda obrigatória de produtos que contemplem Franquia e Coparticipação de forma conjunta, mecanismos estes previstos na legislação.
Por outro lado um aumento da Receita ajudaria muito no equilíbrio e maior solvência dos planos, e, sem dúvida é uma questão a ser atacada. Mas como aumentar receita se o que mais se ouve por aí é que os beneficiários atuais não estão conseguindo arcar com os custo atuais e, a cada reajuste, é um susto que mostra cancelamentos, ou migração para planos de valor mais baixo, principalmente.
Atualmente, pela legislação, os planos estão limitados a vender, basicamente, 5 segmentos: Ambulatorial, Hospitalar sem obstetrícia, Hospitalar com obstetrícia, Plano referência e Odontológico.
Então, porque não pensar em uma abertura de mercado, permitindo a criação de novos produtos ou subprodutos, principalmente que possam subsegmentar o que hoje existe, abrindo novas portas para aqueles consumidores que estão fora do sistema e cuja renda não seja compatível com uma cobertura integral.
Por exemplo, mesmo sem uma reflexão e estudo mais profundos, arrisco a sugerir:
- Plano exclusivo para cobertura cardiológica;
- Plano exclusivo para cobertura de exames de alta complexidade;
- Plano exclusivo para cobertura de doenças graves, a serem estabelecidas;
- Plano exclusivo para tratamentos ortopédicos e fisioterápicos;
- Plano para apenas consultas e exames básicos; e (lembrando que existe um público enorme derivando para estes planos a exemplo de Dr. Consulta e outros); e
- tantas outras subsegmentações podem ser pensadas, trazendo um público de fora do sistema e um aumento de receita que junto com vendas atreladas aos mecanismos de franquia e coparticipação, poderão trazer mais solvência ao sistema. Estou muito errado?
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