Nordeste: tecnologia como aliada dos negócios
* Por Daniel Pio
Um relatório da Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) divulgado este ano indicou que o crescimento mundial do mercado de tecnologia foi de 7,4% em 2022. No Brasil, foi de 3%. Resultados poderiam ser mais expressivos caso não nos deparássemos com a invasão da Rússia à Ucrânia, a inflação global e outros fatores, externos e internos, que acabam afetando os mercados.
No ano passado, o investimento global em tecnologia da informação – software, hardware e serviços — foi de US$ 3,11 trilhões. O Brasil apareceu em 12º lugar, com US$ 45,2 bilhões, sendo o líder na América Latina, na qual o montante alcançou US$ 124 bilhões. Cabe observar que nosso país segue como referência dentre as nações emergentes. Do total investido aqui, 26% referem-se a software (U$ 11,7 bilhões), 19,5% a serviços (U$ 8,8 bilhões) e 54,6%, hardware (U$ 24,7 bilhões).
Uma tendência positiva é que os investimentos em tecnologia e inovação estão chegando em maior volume ao Nordeste e ao Norte do Brasil, que apresentaram crescimento de 1% na participação total. Isso indica o amadurecimento na gestão das empresas das regiões, visando à adoção de tecnologias como meio para transformar os negócios e obter maior eficiência operacional.
No Sul, a participação no total investimentos aumentou 0,7%; no Centro-Oeste, ocorreu queda de 0,4%; e no Sudeste, recuo de 0,5%. Os números, independentemente da pequena diminuição da participação de algumas áreas no bolo total do aporte de recursos em tecnologia da informação, mostram ter capilaridade e presença nacional do fomento tecnológico.
É visível uma demanda crescente pela contratação de um ERP (Enterprise Resource Planning) de primeira linha. Ou seja, as empresas buscam sistemas integrados de gestão mais robustos, que permitam escalabilidade e acompanhamento do crescimento dos negócios. Também se observa aumento da procura pela implantação de ferramentas para administração e controle de processos relacionados à operação, como módulos para a cadeia logística.
Inovação e atualização tecnológica são importantes para a competitividade e fortalecimento dos negócios. Porém, é preciso, na decisão dos investimentos, escolher as tecnologias mais adequadas e eficazes, garantindo-se ganhos operacionais, agilidade, segurança cibernética e, principalmente, a satisfação dos clientes e consumidores.
*Daniel Pio é sócio-diretor do escritório da KPMG em Fortaleza.
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