Corretora MDS Brasil fecha primeira aquisição internacional
Após um período focado em aquisições no Brasil, a corretora de seguros e resseguros corporativos e consultoria de riscos MDS efetua a primeira aquisição internacional com a compra do controle da RSG, no Chile. O CEO do grupo, Ariel Couto, destacou que essa operação dá início a um plano de expansão internacional da companhia. As informações são do site Valor Econômico.
Segundo o executivo, nos últimos anos, a MDS realizou sete aquisições no mercado nacional. Desde 2022, o grupo tem mantido conversas com a corretora de seguros e resseguros chilena. “Iniciamos a conversa sobre a RSG fazer parte do grupo há uma ano e recentemente evoluímos no assunto”, disse.
O movimento ocorre cerca de cinco meses após a conclusão da aquisição do próprio grupo MDS global pela britânica Ardonaugh, maior corretora independente do Reino Unido, em dezembro. Segundo o CEO da MDS Brasil, a nova filial chilena está entre as 10 maiores operações de seguros e resseguros do país vizinho. Couto explica que o negócio envolveu a compra de participação de 70% da RSG, com opção de aquisição dos 30% restantes em alguns anos.
Os sócios fundadores vão se manter como minoritários nesse período e continuarão a comandar o negócio. “O melhor desenho é mantê-los como sócios e à frente da operação, porque os executivos conhecem muito bem o mercado chileno”. O CEO também explica que o grupo não tem outro alvo definido ou conversas sobre novas aquisições, porém se mantém atento às oportunidades. “Não temos nada planejado, mas seguimos avaliando as oportunidades. Essa estratégia de crescimento inorgânico tem um perfil um pouco oportunístico, porque não há, necessariamente, um planejamento traçado a régua que temos obrigação de seguir”, pontuou.
Segundo o executivo, o grupo vê como mercados potencialmente mais interessantes na América Latina México, Peru, Colômbia, Equador e Chile, pois são mercados grandes e com potencial de crescimento em ramos que a companhia sabe operar. A partir da aquisição, a meta no mercado chileno, segundo Arial, será um crescimento entre 15% e 20% neste ano e acima de 20% nos próximos períodos. “Temos expertises que podemos levar, nos ramos onde a RSG tem menos expressão no mercado, como a área de benefícios e a da saúde, porque o Chile sempre teve um bom sistema público de saúde, mas nos últimos anos, tem aumentado a importância da saúde privada, ramo no qual temos muita experiência no Brasil.”, afirmou.
Couto cita ainda o modelo de parcerias, onde a RSG pode fechar acordos com empresas que queiram distribuir seguros para seus clientes pessoas físicas. “Temos experiência de venda de seguros para pessoa física no modelo B2B2C, que é pouco explorado lá no Chile pela corretora.”, finalizou.
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