A corrente de comércio, que é a soma das exportações e importações, atingiu US$ 56,536 bilhões, uma alta de 22,6% contra junho de 2021. Tanto as importações como as exportações bateram recorde em junho, desde o início da série histórica, em 1989. As exportações subiram 15,6% em relação a junho do ano passado, pelo critério da média diária. As importações aumentaram 33,7% na mesma comparação.

No acumulado do primeiro semestre, a balança comercial teve superavit de US$ 34,246 bilhões, uma queda de 8,2% contra o mesmo período do ano passado. No período, as exportações subiram 19,5% e somaram US$ 164,1 bilhões e as importações avançaram 29,8% e totalizaram US$ 129,8 bilhões. O saldo é o segundo melhor da história para o período, perdendo apenas para 2021, quando o superávit tinha fechado o primeiro semestre em US$ 37 bilhões nesse intervalo.

Segundo o Ministério da Economia, as exportações da indústria de transformação tiveram alta de 38,5% em junho contra o mesmo mês de 2021. A agropecuária avançou 30,4% no período. Já a indústria extrativa recuou 24,3%. A Ásia foi o principal destino das exportações (US$ 14,26 bilhões), com China, Hong Kong e Macau liderando com US$ 9,50 bilhões. O Brasil exportou US$ 4,03 bilhões em produtos para os Estados Unidos. O desempenho das importações em junho é de alta nos três setores, com aumentos de 21,8% na Agropecuária; de 122,8% na Indústria Extrativa; e de 23,5% na Indústria de Transformação.

O Ministério da Economia também revisou a previsão da balança comercial para o ano de 2022, e agora aponta a estimativa de um superávit de US$ 81,5 bilhões, contra a projeção anterior de US$ 111,6 bilhões. A expectativa do governo é de que as exportações somem US$ 349,4 bilhões em 2022, e que as compras do exterior alcancem US$ 268 bilhões neste ano. As estimativas são atualizadas a cada três meses.

Aparecido Rocha – insurance reviewer