Pandemia trouxe novos olhares e demandas para o mercado de seguros
Em participação no programa Mesa Redonda do Seguro nesta quinta-feira, 29, o novo presidente do conselho consultivo da MAG Seguros, Marco Antônio Gonçalves falou sobre a pandemia, perspectivas para o mercado de seguros brasileiro, iniciativa do Fórum Mario Petreli e o segmento de vida e saúde. Segundo ele, a pandemia está trazendo aprendizados diários para todos e com o mercado de seguros não é diferente. “O mercado e os corretores conseguiram responder rapidamente sobre a pandemia. Os planos de saúde passaram a pagar logo covid, gerando ainda mais credibilidade com a sociedade”, apontou.
Os ramos de vida e saúde precisaram fazer diversas adaptações que devem prosseguir quando a normalidade for retomada. “A iminência da morte se aproximou muito da sociedade. Sempre houve um pouco de tabu em relação a compra do seguro de vida e isso acabou fazendo com que as pessoas repensassem seu planejamento”, destacou ele. No entanto, a questão da invalidez também tem se destacado e deve ser levada em conta pelas pessoas na hora da contratação. “É importante que as pessoas sempre tentem contratar um capital mínimo que o dobro pela morte porque servirá não só para mantê-lo de forma digna na sociedade, mas também não aumentar os gastos dos parentes com assistência”, lembrou.
Apesar do aumento registrado na procura pelo seguro de vida, Gonçalves lembra que apenas 4% dos lares possuem algum tipo de cobertura da modalidade. “Temos que ter foco também na geração de renda, porque só é possível expandir o mercado quando as pessoas têm condições financeiras. Teremos algumas décadas de crescimento pujante até atingirmos a maturidade do mercado”, destacou. O executivo lembrou ainda que menos de 30% da frota segurável do país possui cobertura. Atender a um público mais longevo, por outro lado, também é um desafio tanto para seguradoras quanto para corretores. “O mercado de seguros aprendeu uma coisa muito importante: temos que estar conectados às necessidades da sociedade”, apontou.
Gonçalves aposta que as empresas devem adotar o modelo de trabalho híbrido para não perder a flexibilidade, mas também garantir que os valores e as trocas que acontecem presencialmente não se percam. Estar atento às demandas do mercado interno e externo é fundamental para este novo momento, pois somente a partir disso será possível criar produtos e negócios que atendam suas necessidades. Foi o que não aconteceu com relação à proteção veicular, na sua opinião. “Quem deixou a proteção veicular nascer fomos nós, o mercado de seguros. A proteção atende a demandas e necessidades dos clientes. A única solução que vejo é que sejam regulamentadas como seguradoras e precisamos buscar regulamentação com todas as obrigações e deveres de uma seguradora”, afirmou.
Sobre o Fórum Mário Petreli, fundado em março deste ano, o executivo afirma que o objetivo não é substituir as entidades que já existem, mas sim fortalecer o mercado como um todo, promovendo discussões sobre diversos assuntos. “Nosso objetivo é ter um local de discussão e fomento de questões relativas ao mercado segurador. Para isso, contamos com representantes de diversos entes do mercado”, explicou. Composto por 19 integrantes, Gonçalves afirmou que a ideia é chegar a 30 e que com certeza pôde-se esperar participação feminina. “No mercado de seguros as mulheres já são maioria. Nossa intenção não é ser um clube do bolinha. Estamos avaliando quais mulheres serão convidadas a compor o grupo”, reiterou.
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