E agora, Whatsapp? Uma multidão de corretores está mudando para novos mensageiros
Armando Luis Francisco
Será que os corretores de seguros de seguros voltarão a acreditar no Whatsapp?
A indústria do seguro não gostou da nova política de privacidade do WhatsApp. Vale destacar que a desconfiança na utilização desses dados compartilhados é pertinente. Na corretagem, por exemplo, que sempre se utilizou dessa ferramenta para vender seguros, a novidade deu o que falar. O que parecia ser um movimento rotineiro do mensageiro, foi um exagero em retirar do contrato o direito a privacidade total. A atitude ,enfim, provocou a migração de uma boa parte das corretoras para outras plataformas concorrentes do WhatsApp.
Diante do erro do mensageiro, a questão foi plenamente criticada no mundo corporativo. Contando com farto material explicativo na web, Signal e Telegram abocanharam uma fatia significativa de novos usuários. Aliás, a Signal recebeu doações até de Elon Musk.
A polêmica é simples: Com o consentimento obrigatório das pessoas à nova política de privacidade, o usuário aceita os termos em que seus dados sejam compartilhados com outras plataformas assimiladas ao ecossistema do WhatsApp.
Diante da autoritária condição de uso do mensageiro, foi evocada a LGPD a favor da população brasileira.
Enfim, os corretores de seguro desenvolveram suas rotinas e atividades comerciais no WhatsApp. Diuturnamente, armazenam as informações sigilosas no celular. Em grande medida se utilizam, também, da versão Business do aplicativo. Particularmente, há muito tempo tenho apagado as mensagens.
Diante de um quadro de interesse público, não obstante a decisão de mudança do contrato, entende-se que a prerrogativa do WhatsApp interferiu no verdadeiro desejo dos usuários, em resguardar as informações pessoais.
Nesse compasso, o usuário do WhatsApp tornou-se refém da enjambração; e a nova política de privacidade acirrou o ânimo dos participantes. Entretanto, diante deste passivo comportamento, a rede social de mensagens tenta estancar o dano com anúncios sem explicação da origem desse ato contraditório.
Vou mais longe, às indagações ficam sempre sem respostas que deveriam sercompreensíveis, apesar das empresas pertencentes ao mesmo ecossistema, nem sempre quem acredita em uma empresa, possui fé na outra. Ademais, a estratégia de compartilhamento foi muito bem estudada. E as ações do grupo são fundamentalmente empresariais e comportamentais. Por isso, havia uma sinergia em se buscar informações e desenvolver aptidões. O resultado foi a desconfiança geral de nossa indústria.
Finalmente, a bagunça foi criada. Eu mesmo tenho a intenção de desconfiar dessas atitudes, apesar das informações de que não haverá quebra de privacidade. Como corretor de seguros, a segurança da privacidade de meus contatos é o mínimo que posso desenvolver no meu dia a dia. A atitude ousada deste mensageiro foi uma clara demonstração de que essas informações poderiam ser utilizadas sem a minha intenção, apesar do consentimento obrigatório. E não há espaço para subtilezas de qualquer espécie, mesmo intencionalmente boas. Fora isto, indico assistir um filme no Netflix: Privacidade Raqueada.
Armando Luis Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros
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