Solange Vieira: A regência das atividades na Susep foi espetacular
Todos os dias ouvimos um zum-zum-zum da Susep. Hoje, aliás, que Solange Paiva Vieira - a leoa ou a Margaret Thatcher do seguro, concorre à presidência do BB. Eficiente, trabalhadora (workaholic), técnica, inteligente, tímida - quase inacessível, visionária e cumpridora de tarefas desenhadas para a atividade proposta. Porém, uma notícia dessa magnitude deve ser comemorada por alguns, talvez, possíveis desafetos. Infelizmente, não será no Banco do Brasil, caso venha acontecer a promoção em uma das cadeiras mais importantes deste Brasil. Solange Viera prova a cada dia que é a melhor gestora do órgão regulador. A avaliação técnica desta personagem é de fazer inveja ao trabalho de quase todos os ex- superintendentes, com o devido respeito, que sentaram na cadeira mais importante do seguro.
Vieira, de fato, controla tudo. Do relógio de ponto do funcionalismo, da atividade da corretagem, da atividade das seguradoras, ao tudo e todos na Susep, em benefício do consumidor de seguros, do governo - especialmente para o Ministro Paulo Guedes.
Infelizmente, como escrevi várias vezes, o combate contra ela e os funcionários da Susep foi desumano. Como espectador, eu vi tanta coisa rolar de incoerente e inconsistente que me magoava só de perceber o quanto estávamos lutando sem objetivos. Ademais, eu acredito em usar sabiamente a política e a retórica. Mas, acima de tudo, eu acredito em termos educação suficiente para brigar por grandes causas. E este equilíbrio faltou nas relações entre os corretores e a dama de ferro do seguro.
Os corretores de seguros, também, do qual também faço parte, estavam acostumados com uma posição cômoda na linha de frente. Este fato deve ensinar grandes lições para nós. Uma delas é se realmente merecemos sentar numa cadeira no CNSP, ou ter direito de ensinar as rotinas do seguro para o mercado. A verdade é que houve grandes mudanças. Da desregulamentação da profissão - e não tenho mais crença, neste instante, naqueles cargos - não nas pessoas - que deveriam defender a nossa atividade, por inação no caso desta cessação de atividade. Realmente, como outros corretores, não entendemos que a desregulamentação, a atividade autorreguladora, etc, era boa para os consumidores e corretores. E o fato da autorreguladora da profissão até atrapalhou bastante a questão da desregulamentação da atividade. Aliás, graças a Deus porque não passou no Senado e o presidente Bolsonaro revogou a MP 905/19, em 21/04/2020, quando voltou a nossa Liberdade de produzir. E foi justamente Solange Vieira, em 23/04/2020, quem retornou toda a nossa regulamentação, iniciando por aí o nosso recadastramento.
No caso da comissão na apólice eu vi muito barulho, xingamento e muita falta da defesa dos reais princípios desta nossa atividade. Solange foi considerada autora do destaque da comissão na apólice. Entretanto, aqui, eu faço um desafio de me mostrar mais do que eu a defesa da não demonstração da Comissão na Apólice, com Ética, Respeito e fundamentação.
http://www.portalmulticalculo.com.br/BR_ADESAO/mostra_noticia.php?id_noticia=10621
Mas erraram todos os que consideraram Solange Paiva autora da comissão na Apólice. Uma exigência a favor do consumidor, que aparecia na agenda das necessárias realizações, ora postergadas, inclusive com o meu auxílio. E provo isto com link, na administração, por exemplo, de Roberto Westenberger. em Janeiro de 2016, quase 5 anos antes.
http://www.seguronoticias.com/destaque-do-percentual-de-comissao-na-apolice
Entretanto, enquanto conversamos sobre dois pontos importantes para a nossa categoria, esquecemos de todas as ações que, mesmo que haja chocado alguns, foram imprescindíveis para a organização e desenvolvimento do seguro no Brasil. A verdadeira abertura se deu em um ritmo jamais visto.
A verdade é que eu fico preocupado. Tenho certeza que há homens e mulheres distintos para assumirem a superintendência da Susep. Mas também tenho certeza que a nuance política produz resultados as vezes insatisfatórios. Na briga, acirrada, pela autarquia estão figuras importantes e imponentes. O centrão faz o seu papel. E o resultado da saída de Solange, para a atividade política, só não será bom para o Banco do Brasil.
Se ela assumir o Banco, acho que todos os contratos serão revisados, inclusive os das grandes corporações que atuam em comum com o banco. E a leoa vai pegar firme, como pegou na Anac e como destrinchou na Susep.
Paulo Guedes, por fim, nos deu uma direção importante. Porque sem trabalho não há louvor. E o dinheiro não cai maduro das árvores. O consumidor deve ter escolhas. Os monopólios devem ser quebrados. Porque o Brasil vai precisar da especialização de todos os entes industriais. E quando ela sair, tenho certeza, uma parte importante dos corretores, sentirá saudade de uma administração focada em exercício técnico.
Armando Luis Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros
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