Covid-19 transforma os costumes do mundo corporativo
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Arena de Ideias, webinar da In Press Oficina, debateu, hoje, como protocolos de segurança sanitária e comunicação garantem a sustentabilidade dos negócios
Covid-19 e os novos costumes do ambiente corporativo foi o tema do webinar Arena de Ideias de hoje (2/7), que reuniu especialistas de diferentes setores para debater a mudança de cultura que as empresas estão sofrendo. Estiveram presentes o médico cardiologista e diretor de Relacionamento com Mercado do Grupo Sabin, Bruno Ganem Siqueira; o empresário da construção civil e presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), José César da Costa; a gerente de Saúde e Segurança do Trabalho do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Claudia Pellegrinelli; e a sócia-diretora da In Press Oficina e especialista em gestão de crise, Patrícia Marins.
Nada voltará a ser como antes depois da pandemia. Nenhum escritório, nenhuma planta industrial, nenhum hospital, nenhum centro educacional funcionará como antes. As organizações estão sofrendo uma mudança completa de cultura. Lideranças e liderados estão sendo obrigados a mudar o modelo mental e dar saltos de aprendizado para superar os desafios do "novo normal". Cada vez mais há que investir em protocolos que gerem segurança e credibilidade. Esses protocolos giram em torno de dois grandes eixos: segurança sanitária e comunicação.
Para o médico Bruno Ganem Siqueira, do Grupo Sabin, o mais importante para as empresas nesse momento é uma atuação simultânea em diferentes frentes, que ele compara a engrenagens. "É preciso que tenhamos três engrenagens caminhando de forma sincrônica: a da triagem dos indivíduos para entender quais são as populações da empresa e os riscos de cada uma. Esse é passo importante para criar a engrenagem seguinte, a do monitoramento. Ou seja, questionar o que será monitorado ao longo do tempo para garantir a segurança dos grupos selecionados na triagem. Por fim, é preciso ter protocolos racionais de testagem. Com esses pilares funcionando adequadamente, há mais eficiência para garantir a segurança sanitária."
Estabelecidos os protocolos de segurança sanitária é preciso planejamento de comunicação para que toda a cadeia ligada à empresa entenda quais são e para que servem os procedimentos. Foi o que enfatizou a sócia-diretora da In Press Oficina, Patrícia Marins. "A comunicação é importante para esclarecer, sensibilizar, tranquilizar, e, principalmente, mudar hábitos. Essa é uma crise de confiança, de saúde e econômica. A saída é assumir novos costumes, ter protocolos em saúde e comunicação, e fazer um trabalho de mudança cultural. Para se mostrar preocupada com a crise, a empresa tem que ter protocolos muito firmes e sérios, conhecidos por todos os públicos."
"A simbiose da segurança sanitária com a comunicação interna e externa é como chave e fechadura para trazer um ambiente mais favorável para o colaborador e para o cliente. Obviamente isso envolve a reputação das marcas. Quem não se planejou pode ter um impacto que pode causar cicatrizes e afugentar os clientes, que são a razão de existir das empresas", reforça Siqueira.
Varejo digital
O setor de comércio e serviços, um dos mais afetados pela pandemia, precisou agir rápido para se adequar às mudanças e minimizar perdas, pontua José César da Costa, presidente da CNDL. "Tivemos que atuar com agilidade para apoiar os empresários neste momento e ajudá-los a se adaptarem ao cenário. Muitos migraram e fortaleceram a atuação no ambiente digital, mas precisarão reabrir as portas em algum momento. O varejo entende seu papel na construção dessa nova realidade. Temos a responsabilidade de adotar novos comportamentos e precisamos de condições que garantam segurança para as pessoas e empresas."
Outro setor que precisou se reinventar foi a mineração. Com processos produtivos que envolvem números altos de colaboradores, as empresas repensam procedimentos e usam a criatividade para enfrentar o cenário. "Como não podemos ter aglomerações e o brasileiro é um povo muito amoroso, nossa tendência é se aproximar o tempo todo. Tivemos o caso de uma companhia que contratou um carro de som para percorrer a planta. Ao observar que poderia haver um agrupamento de pessoas, o carro de som soltava uma mensagem e as pessoas passaram a respeitar a regra", ilustrou Claudia Pellegrinelli, gerente de Saúde e Segurança do Trabalho do Instituto Brasileiro de Mineração.
Customização de protocolos
Sobre setores cujas atividades exigem trabalho presencial, Siqueira alerta para a necessidade de desenvolver protocolos com apoio de especialistas. "Muitas empresas acabaram cometendo equívocos por não terem conseguido se adaptar. Algumas, por exemplo, compraram testes rápidos no início da crise, mas não tiveram a orientação de que alguns testes rápidos não tinham validação, ou seja, o perfil de resultados não era adequado. Acabaram gastando recursos desnecessariamente."
Existe uma necessidade de customização dos protocolos para que estejam em consonância com a atividade exercida, o tipo de empresa dentro daquela atividade e o colaborador. "A forma de tratar protocolos para um colaborador que está na ponta, em contato com o cliente, é diferente de um que está num ambiente de escritório, por exemplo", explica Siqueira. "O olhar da classe médica, da Medicina do Trabalho, da área científica, junto com o meio empresarial e a comunicação farão a grande diferença nessa mudança de costumes. Precisamos estar engajados de ponta a ponta dentro das empresas. É uma construção diária, ninguém muda cultura da noite para o dia", complementa Patrícia Marins.
Arena de Ideias é realizado às quintas-feiras, a partir das 9h30, e transmitido ao vivo no canal da In Press Oficina no YouTube. Para conferir o debate "Covid-19 e os novos costumes do ambiente corporativo", acesse
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