Luc Jean, um idoso de 77 anos que vive praticamente sem lar, sem alegria e sem esperança
Eu tenho sido penalizado com a miséria e o infortúnio das pessoas. Durante 30 anos de minha vida eu tenho me dedicado a Ação Solidária. No Carandiru, do Drauzio Varella, dois anos. Na Alivi- Aliança pela Vida - que ficava no caminho para Mairiporã em São Paulo - quando o fator Aids estava bem no comecinho, nos anos 90, que virou um pequeno tema do Livro de Cherri Filho, mais dois anos. Depois me mudei para Caxias do Sul, onde trabalhei 10 anos na Assistência aos presos da Penitenciária Industria de Caxias do Sul - RS, junto com o Doutores Tadeu Zulianello e Raul Paternoster (In memoriam).
Aqui no Sul, auxiliando, como apenas mais uma pessoa em auxilio aos necessitados, juntamente com uma equipe maravilhosa da Igreja Adventista Central de Caxias do Sul e Igreja Adventista Nova Esperança, tratamos de socorrer as pessoas em grau máximo de miserabilidade. Chegamos a arrecadar, por exemplo, numa única vez, cerca de 20 toneladas de alimentos, que foram para Santa Catarina, que sofria com as condições climáticas. E foram distribuídas pela Adra (ASA) de Caxias, milhares de cestas do Mutirão de Natal. Além de campanhas de doação de sangue, visitas e doações aos lares de idosos, trabalhos com crianças em idade escolar nos Aventureiros e Desbravadores.
Por este Brasil, entretanto, eu tenho andado. Conheço todo o Brasil, exceto uma parte enorme do Centro -Oeste e Norte do País. Mas foi no Nordeste que os meus olhos choraram. Principalmente, ao ver em Alagoas, do Caminho de Maceió à Pernambuco, as casinhas (caixões) de sapê fixadas a beira da estrada. O horror da pobreza me assola a vida. E a tristeza e dor deles me acompanham em sonhos. Porque a caridade do brasileiro, se bem que seja um povo voluntarioso, não acompanha o nível mínimo de adesão.
Mas não é somente aqui que a vida não é vida. No Haiti, por exemplo, devastado por tremores e terremotos, onde o cheiro da morte está no nariz até hoje, não existe mais a esperança que os seres viventes deveriam ter pelo futuro. A população dali emigrou para outros lugares, deixando sonhos, saudades e familiares. E esses imigrantes, que entraram no Brasil, agora, com a Pandemia, enfrentam um futuro Cruel.
Luc Jean, de 77 anos, vive no Haiti. Seu filho Anthony, em Caxias do Sul, é uma pessoa que eu conheço. Sorridente, animado, trabalhador, e amante deste Brasil, conseguiu trabalhar e, com alguma ajuda dos amigos, trazer a mulher e parte dos filhos para o Brasil. E, hoje, 10/06/2020, me contatou e contou a história dessa separação com o pai. Luc Jean, na pobreza absoluta, viu seu barraco se consumidor e se deteriorar. Choroso e triste, deseja reconstruir uma pequena casa para o pai morar, na velhice e ter um lugar para dormir. Nisso, fez uma vakinha, de pouco valor, e já conseguiu uma parte do dinheiro necessário para parar de chorar. Aliás, você pode ver as fotos da miséria desse homem.
https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ajuda-para-luc-jean
Mas o que interessa é que há muitas pessoas que doam sua vida e seus ganhos, como por exemplo a magnitude de Bill e Melinda Gates. Há cidadãos que ganham para doar quase tudo, como o segurador Milton Soldani Afonso, de quase 100 anos de idade. Porque isso é o que mais próximo chamamos de humanidade. E todos podem fazer alguma coisa pelo próximo.
E é justamente isso que eu proponho aqui, que você, pessoalmente, no seu bairro, na sua cidade, em qualquer local, doe-se um pouco para a comunidade mais carente. Ajudando e desenvolvendo um espírito que enxergue a dor de uma pessoa que perdeu tudo, até a dignidade.
Armando Luis Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros
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