Corrompendo com um bombom
Eu realmente não entendo o porquê da corrupção no Brasil estar tão epidêmica. Enfim, vejo os noticiários, não acreditando no que os meus sentidos me dizem. Até mesmo os ditos respiradores são motivos para os homens serem acusados de corrupção.
Chego a estar descrente de que isso vai melhorar um dia. Porque parece que todo mundo quer um bocadinho disso que a corrupção produz no ser humano: Ser maior, melhor e possuir mais dinheiro e poder!
E vou mais longe: Tem gente que se pinta de ético e certinho mas, no fundo, também pode ser corrupto, sem nem desconfiar de si mesma. Aliás, até com ar de boazinha e gestos de grandeza, aplicados em atividades sociais ou na produção de imagens que enaltecem a honestidade; no fundo, muitas vezes, sustenta(ou) a corrupção.
Ou quando uma pessoa ganha um super-salário para fazer pouca coisa nesse mesmo trabalho e sem argumentos que mereçam a quantia assalariada. Ou recebendo presentes e elogios para ser um deus na terra. Buscando mais os seus próprios interesses, do que os interesses do lugar em que se deveria trabalhar pela coletividade. Trazendo a memória do caso bíblico de Herodes, na versão contada pelo historiador Josefo:
“Então, quando Agripa tinha reinado durante três anos sobre toda a Judéia, ele veio à cidade de Cesaréia, que antes era chamada Torre de Strato, e ali ele apresentou espetáculos em honra a César, ao ser informado que ali havia um festival celebrado para se fazerem votos pela sua segurança. Em cujo festival uma grande multidão de pessoas principais se tinha reunido, as quais eram de dignidade através de sua província. No segundo dia dos quais espetáculos ele vestiu um traje feito totalmente de prata, e de uma contextura verdadeiramente maravilhosa, e veio para o teatro de manhã cedo; ao tempo em que a prata de seu traje sendo iluminada pelo fresco reflexo dos raios do sol sobre ela, brilhou de uma maneira surpreendente, e ficou tão resplendente que espalhou horror entre aqueles que olhavam firmemente para ele; e no momento seus bajuladores gritaram, um de um lugar, outro de outro lugar, (ainda que não para o bem dele) que ele era um deus; e acrescentavam: ‘Sê misericordioso conosco, pois ainda que até agora te tenhamos reverenciado somente como um homem, contudo doravante te teremos como superior à natureza mortal’. Quanto a isto o rei não os repreendeu, nem rejeitou sua ímpia bajulação. Mas, estando ele presente, e depois olhou para cima, viu uma coruja pousada numa corda sobre sua cabeça, e imediatamente entendeu que este pássaro era o mensageiro de más notícias, como tinha sido antes mensageiro de boas notícias; e caiu na mais profunda tristeza. Uma dor severa também apareceu no seu abdome e começou de maneira muito violenta. Ele portanto olhou para seus amigos e disse: ‘Eu, a quem chamais deus, estou presentemente chamado a partir desta vida; enquanto a Providência assim reprova as palavras mentirosas que vós agora mesmo me disseram; e eu, que por vós fui chamado imortal, tenho que ser imediatamente afastado depressa para a morte...’ Quando ele acabou de dizer isto, sua dor se tornou violenta. Desse modo, ele foi carregado para dentro do palácio; e o rumor espalhou-se por toda parte, que ele certamente morreria dentro de pouco tempo... E quando ele tinha se esgotado muito pela dor no seu abdome durante cinco dias, ele partiu desta vida” (Antiguidades, XIX, 7.2).
E a corrupção entra de maneira sórdida, as vezes com um simples bombom dado gentilmente à alguém de uma suposta possível relação econômica ou de poder, que o corruptor quer cativar, intencionalmente, é claro!
E em muitos momentos pensamos que a corrupção tem franquia, como nos casos dos produtos de seguro. Mas ela não tem isenção ou limite mínimo. Corrupção é corrupção sempre e sem dispensa de atos pequenos. Incluindo-se qualquer coisa dada ou recebida por alguém, produzindo-se amarras e, posteriormente, talvez, A "Síndrome de Estocolmo" no corrompido ou no corruptor. Porque se tornam uma só carne!
Não há atos bons na corrupção! E se alguém age com sentido desonesto, então, é corrupto! Porque não haveria tanto roubo se não houvesse o receptador. Portanto, não há corrupto sem corruptor. Mas uma coisa é certa: A corrupção parece ser prazerosa.
A corrupção e a mentira andas juntas. Uma depende da outra. E as duas juntas fazem esse estrago danado que o Brasil está conhecendo. E agora pasmem, também, escrevo isto para o conhecimento do nosso mercado de seguros!
E não se engane! A sua e a minha mentes dirão se somos inocentes! Desejo ardentemente que sim! Mas isto é com cada um que me lê aqui. Porque estou escrevendo sobre os sintomas de caráter dos corruptos brasileiros, aplicados ao que vejo nos noticiários, sentindo o desejo que o nosso mercado não esteja adoentado com este vírus chamado corrupção. Refletindo, tão somente, se nos imaginamos homens e mulheres que não praticam o mal!
Mas vamos exemplificar?
Quando financiamos algo que não precisamos financiar e não declaramos isso ao nosso pequeno e desconhecido acionista, a título do quê o fazemos?
Ou quando nos envolvemos em discussões que não desejaríamos entrar, voluntariamente? A corrupção e o falso testemunho também não andam juntos?
Quando distribuímos badulaques e espelhinhos em congressos para gente boazinha dizendo amém para tudo, ao invés de ensiná-los a trabalhar, como o acionista minoritário desejaria?
Ou quando os próprios encontros não possuem nenhum sentido que o acionista minoritário da empresa soubesse ou assumisse para si?
Mas quando não temos uma linha marginal para não deixar outras pessoas que não possuem ligação com a empresa entrar, desconhecidas do acionista minoritário, não é uma coisa errada acontecendo ali?
Deus vê tudo, acredite! Herodes é um exemplo.
Ou quando precisamos dar aquilo, mas não podemos declarar para o acionista minoritário e compramos outras coisas para disfarçar a corrupção daquilo que realmente demos?
A corrupção mata, como matou os inocentes judeus na época da segunda guerra mundial. Porque eles foram despojados de seus bens, de suas honras, de seus espíritos, de suas famílias e de suas vidas. A maldita corrupção do homem e a mentira. E podemos fazer parte de uma corrupção no nosso rincão, simplesmente, por calarmos a nossa voz!
Quando exploramos as riquezas dos serviços prestados sem uma contrapartida merecida?
Ou quando difamamos pessoas honestas que trabalham pelo interesse da coletividade?
Não se engane, Deus vê tudo, de novo! Vê, vê e Vê. Desdobrando em nossa própria condenação.
Mas agora, e somente aqui, eu quero escrever sobre uma pessoa que eu nunca neguei a competência e o exemplo, uma dessas pessoas honestas, - segundo a minha própria opinião e que uso como visão de integridade - mesmo sem conhecê-la pessoalmente, trabalhando muito e fazendo acontecer para todos nós do mercado segurador, que é a superintendente Solange Paiva Vieira! Eu, certamente, não tenho a firmeza e nem a inteligência dela, mas estou sempre pedindo à Deus um dia a mais para ela e sua equipe na gestão da Susep e a despeito dos noticiários a respeito de política.
O bom senso é sempre bem visto neste nosso Mercado, tão necessitado de boa fé. Porque este escrito trata de generalidades e não de pessoas em estado de corrupção (ou mesmo qualquer fato relacionado com a nossa indústria do seguro. Longe disso é somente uma advertência para não sermos os corruptos que assolam o nosso mundo ou um escrito hiperbólico sem testemunho real de corrupção.
Portanto, ao receber um bombom observe a intenção por trás daquela guloseima.
ARMANDO LUIS FRANCISCO
Jornalista e Corretor de Seguros
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