Home Office e o mercado de seguros
Rating de Seguros – Comentário Econômico n∘ 722
Prezados Senhores,
Haverá tantas reflexões sobre o que essa pandemia afeta e poderá afetar a sociedade que a avaliação, nesse momento, fica bastante incerta. Entretanto, estudos estão se sucedendo, publicados por diversas entidades, com especulações e estimativas.
Aqui, vamos nos deter em apenas um detalhe, em um universo de opções:
“Como o incremento do “home office” pode afetar o mercado de seguros?”
Vamos olhar para o futuro, por exemplo, daqui a um ano. O que se pode dizer?
· Agora, em muitas companhias, o percentual de “home office” é praticamente de 100%. Ou seja, todo mundo em casa. Esse número irá diminuir, claro, quando houver a vacina ou quando a pandemia for mais controlada, mas nunca será mais 0%. As pessoas terão esse hábito, e podemos dizer em pelo menos uma vez na semana, dependendo do cargo da pessoa. Muitas empresas irão compreender e até estimular, já que trabalhar em casa diminui os custos. Será uma nova realidade que todos teremos que enfrentar.
· Isso trará consequências, desde uma menor demanda a alocações empresarias até alterações na área da justiça do trabalho, novas regras precisarão ser definidas. Com isso, certamente, os preços dos aluguéis comerciais também sofrerão, crescendo a taxas menores. Os residenciais talvez subam mais, em termos relativos.
· E no mercado de seguros? O que se pode esperar, pelo menos no longo prazo? Se as pessoas passarão mais tempo em casa, elas irão querer ter mais conforto. Assim, haverá mais infraestrutura, um maior risco de desgaste dos bens, o que fará com que o seguro residencial tenha um incremento. Por outro lado, haverá diminuição na taxa de crescimento dos seguros empresariais, pois os escritórios serão menores, com menos pessoas. Tudo em termos comparativos, claro.
· Outra consequência é o aumento dos riscos cibernéticos. Temos uma variável a mais a ser considerada na equação, com as seguradoras tendo que avaliar essa nova configuração. Assim, haverá não apenas crescimento de demanda por tal produto, como possivelmente aumento nas taxas também. Ou seja, ao final, a receita de prêmios irá aumentar.
Novas reflexões irão surgir, mas algo já pode ser dito.
Cordialmente,
Francisco Galiza.
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