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COVID-19: Decisão errada em gestão de pessoas pode ser fatal para a equipe e a reputação da empresa, diz Daiane Andognini, CEO da Hug

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COVID-19: Decisão errada em gestão de pessoas pode ser fatal para a equipe e a reputação da empresa, diz Daiane Andognini, CEO da Hug

Em busca de respostas para lidar com as consequências impostas às empresas pelo coronavírus, CEOs encontram ajuda nas consultorias e na área de gestão de pessoas

A Covid-19, doença potencialmente letal que já contaminou mais de 1,5 milhão pessoas no mundo, vem provocando um impacto crescente também na economia mundial, com a paralisação de atividades, incertezas financeiras e mudanças nos modelos de negócios. A pandemia está desafiando os líderes empresariais a agirem rápido, da maneira certa, e com informações corretas para proteger suas empresas e os empregos.

O reflexo nas companhias terá resultado mais concreto no curto, médio e longo prazos a partir das decisões tomadas - hoje- pelas lideranças. São elas, em conjunto com a área de recursos humanos, que estão na linha de frente para encontrar soluções capazes de enfrentar o vírus e garantir a sustentabilidade econômica. Buscando saídas e tendo que se adaptar a diferentes circunstâncias e formas de trabalho, bem como atuando para preservar o equilíbrio físico, mental e emocional dos colaboradores, a forma como as equipes e consultorias de gestão de pessoas estão ajudando suas organizações a responder ao coronavírus é fundamental para o futuro dos negócios.

É o que demonstra nesta entrevista Daiane Andognini, CEO da Hug - consultoria focada em cultura e gestão de pessoas para startups -, e um dos nomes fortes na solução de problemas e reversão de cenários nas empresas de tecnologia brasileiras. Especialista com 20 anos dedicados à área de gestão de pessoas, Daiane é formada em psicologia e tem especialização em negócios e comportamento, e também é mentora em liderança e gestão de talentos. Confira o que ela tem a dizer sobre o papel da gestão e da área de pessoas durante e no pós-crise:

1- Na sua visão, como o RH pode ser um ponto estratégico nas empresas para evitar o desgaste da organização em meio a um momento de instabilidade, considerando a relação com os funcionários, o mercado e a sustentabilidade do negócio?

Daiane Andognini - Os Primeiro passo é buscar um alinhamento entre a área de Gestão de Pessoas com os demais setores da empresa, quanto a necessidade de oferecer segurança psicológica para os funcionários e definir quais ações serão adotadas nesse momento. O que temos ouvido recentemente foi que, apesar do isolamento e da adoção do trabalho remoto, não houve queda na produtividade das pessoas em relação ao home-office. No entanto, existe uma queixa maior referente ao futuro, que está relacionada aos medos e inseguranças relacionadas à crise econômica e a manutenção da empresa.

Diante de uma era digital eminente e uma pandemia (algo não previsto e letal), as empresas tiveram que acelerar seus processos de digitalização, aderir ao trabalho remoto e diminuir a burocracia. Então, cabe também a estratégia da área de pessoas analisar melhor os movimentos econômicos mundiais previstos para os próximos seis meses e a resposta do mercado em relação a manutenção, queda ou crescimento da receita da empresa. Basicamente porque serão esses dados analisados com profundidade que devem resultar nas decisões corretas de gestão de pessoas. Sabemos que, em média, o custo de um desligamento e o de nova contratação pode ser maior do que manter pessoas, sem contar o conhecimento como ativo intangível não mensurado nesta conta.

2- Quais as soluções possíveis para as empresas, em especial, as startups que muitas vezes ainda não possuem um setor de RH consolidado e uma cultura forte, conseguirem sobreviver em um cenário de incertezas econômicas e sociais?

Daiane Andognini - Nesse momento de crise a empresa precisa ficar de pé e isso passa a ser prioridade: o caixa. As startups que já estão mais consolidadas conseguiram prever uma reserva razoável para situações adversas, mas isso não significa que não serão impactadas. De maneira geral, a maioria delas será.

No caso das startups que ainda não têm uma área estratégica de pessoas, os CEOs precisam adotar medidas que funcionem rapidamente e uma ação de consultoria pode ser o canal que vai oferecer essas soluções para tomar frente da comunicação com a equipe sobre o que está acontecendo na empresa e prepará-los para conduzir as situações em que serão necessárias tomadas de decisão de impacto no time.

A transparência é fundamental para que todos entendam a real intenção das decisões da empresa, sem dar espaço para ambiguidade. Um canal direto para perguntas e respostas do time com o CEO pode ser uma excelente alternativa para aliviar a tensão da equipe e superar esse momento com o menor dano psicológico e financeiro para o negócio.

3- Para as empresas que já possuem um time de RH atuante, com áreas bem definidas e mais maturidade, quais devem ser as prioridades do setor de pessoas agora e que ações propositivas podem fazer a diferença no pós-crise?

Daiane Andognini- As prioridades da gestão de pessoas neste ciclo atual são voltadas a equilibrar a segurança psicológica das pessoas e o apoio às áreas que estão sendo mais impactadas da empresa. Cada negócio, apesar de sofrer impactos semelhantes aos outros, vai ter formas completamente diferentes de solucionar seus problemas e é nesse sentido que o RH deve atuar no próximo ciclo: colado na área de negócios para oferecer a melhor solução possível em gestão de pessoas para esse momento de incerteza. Na prática, manter os rituais de comunicação com o time, analisar engajamento e humor, além de apoiar os líderes nos desafios de gestão do time à distância, entre outros.

4- Aos CEOs que no cenário atual não tem uma equipe focada na gestão de pessoas e visam a consultoria como alternativa para contribuir com o negócio, quais são as possibilidades de retorno dessa medida?

Daiane Andognini- Tomar uma decisão em gestão de pessoas sem embasamento e experiência pode ser fatal para a performance da equipe e a reputação da empresa no mercado. Nesse sentido, a consultoria serve de referência para tomar decisões de alto impacto, uma vez que agrega conhecimento direto ao negócio. Ela transfere o saber especializado para o CEO e isso é capaz de aumentar o repertório de gestão dele de imediato. Se for observar, a consultoria não cria dependência do cliente, uma vez que o método de trabalho tem um modelo de projeto temporal, onde a estrutura funciona sozinha após a saída dos consultores. Ou seja, é um investimento variável cujo objetivo é ajudar a empresa a passar essa fase de instabilidade com o menor dano possível, podendo gerar resultados positivos também no longo prazo.


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