Aprendizado em tempos de COVID-19: o plano de continuidade de negócios da sua empresa precisa, mais do que nunca, sair do papel
Por José Duarte, presidente da VMware Brasil
Caso você soubesse, há dois meses, que o mundo enfrentaria uma pandemia, o que teria feito diferente para garantir a continuidade do seu negócio?
A atual situação do mundo não era algo esperado. Escritórios fechados; comércio parado; indústrias fechadas; serviços não essenciais interrompidos; sociedade civil em quarentena; tudo isso em questão de dias. E quando olhamos para os negócios, voltamos à pergunta que inicia este texto. A verdade é que a maior parte das empresas, ao precisar reagir e se adaptar prontamente às restrições impostas pela pandemia, não estava preparada.
Eu acredito que muitas companhias têm um plano de continuidade de negócios no papel, alguns até mesmo, arrisco dizer, já aprovados. Outras ainda encontram uma série de obstáculos no processo de estruturação desse plano, tais como aprovação do investimento e contratação de especialistas. Um ponto comum sobre esse tema é a dificuldades na etapa de implementação, ou seja, tirar o plano do papel e colocar em prática implica em passar por revisão de processos, transformação de pessoas e ampla utilização de tecnologia.
Para uma mudança de cenário, é preciso, em primeiro lugar, compreender que a tecnologia já não é mais uma barreira e sim uma ponte. Digo isso porque acredito que a tecnologia, se bem aplicada, é uma força motora poderosa para o bem.
Hoje não existe qualquer barreira tecnológica que dificulte a implementação do espaço digital de trabalho, o tão falado Digital Workspace. É totalmente viável pensar em colaboradores trabalhando de qualquer lugar, acessando qualquer aplicação e utilizando qualquer equipamento (laptop, tablet, celular), tudo isso com segurança. Mesmo assim, ainda há muita resistência com essa flexibilidade em função de uma preocupação com comprometimento, disciplina, produtividade e performance.
Em contraponto, os números já nos dizem que o cenário é bem mais positivo do que se pensa. Uma pesquisa do InternationalWorkplaceGroup (IWC) realizada no último ano atestou que, dentre seus entrevistados, 83% afirmaram que escolheriam um emprego com algum tipo de flexibilidade e, em outra pergunta, 80% respondeu que identificou aumento de produtividade com o home-office. Portanto, além de assegurar a continuidade dos negócios, a empresa que adota o trabalho remoto em sua cultura também garante benefícios à sua comunidade.
De uma maneira ou de outra, o cenário atual irá mudar a maneira como as companhias se planejam. Este é o momento de rever fragilidades, tirar planos do papel e, principalmente, atuar de forma a garantir a continuidade dos negócios, a segurança, a motivação e a retenção dos colaboradores, clientes e da comunidade em geral.
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