SUSEP Realiza Workshop Para Implementação do Sistema de Registro das Operações no Setor de Seguros
Objetivo é iniciar ainda em fevereiro a implementação do modelo que estimula mais transparência, agilidade e eficiência no setor
As principais etapas e datas para a implementação do sistema de registro das operações no setor de seguros brasileiro foram tema do workshop promovido pela Susep, hoje. O encontro, que ocorreu no Rio de Janeiro, reuniu os responsáveis pelo projeto no órgão e representantes das entidades supervisionadas e das registradoras, que dialogaram sobre os pontos relevantes para o processo de execução da proposta.
Na oportunidade, a Susep apresentou o plano para que o sistema de registro de operações seja implementado em sua totalidade em dois anos. Em fevereiro, já será viabilizada a adesão voluntária das empresas e, a partir de março, a adesão será obrigatória para o seguro garantia. O evento tratou, ainda, do panorama geral do programa e trouxe questões abordadas nas consultas públicas 16, 17 e 18, de 2019. O modelo discutido toma como referência sistemas e normas já adotados no Brasil por instituições como o Banco Central e Comissão de Valores Mobiliários, com a atuação de entidades registradoras.
Na abertura do encontro, a superintendente do órgão, Solange Paiva Vieira, explicou que o objetivo dos trabalhos desenvolvidos pela instituição, nesta frente, é atualizar tecnologicamente e dar mais eficiência aos procedimentos do setor, atendendo a uma demanda da sociedade. “Assim, pretendemos aumentar a cobertura do seguro no Brasil, fazer o seguro crescer. E enxergamos alguns caminhos para isso: com tecnologia, estímulo da concorrência, transparência e estabilidade jurídica”. Solange destacou que o tema já está em discussão na Susep há mais de dez anos, o que marca a necessidade de superar o atraso tecnológico vivenciado pelo setor. Uma das metas é criar condições para que seja possível a contratação de seguros “na palma da mão”, via mobile, por exemplo, em breve.
O registro de operações permitirá a modernização sistemática da forma como os dados são enviados para a Susep. A interface de envio de dados das seguradoras para o órgão será mais eficiente, produzindo informações com mais agilidade, clareza e sem defasagem de tempo, como acontece ainda hoje. Para o chefe do departamento de Tecnologia da Informação da Susep, Leonardo Brasil, uma das consequências finais da automatização é gerar menos custo para as seguradoras – ao contrário do modelo adotado atualmente – e facilitar o processo de monitoramento. A transparência é um dos principais pilares da Susep. Entre os avanços apontados pelos painelistas no encontro está a contribuição das mudanças para os processos de prevenção e combate a fraudes e lavagem de dinheiro e para o monitoramento de eventuais práticas abusivas do mercado.
Encerrando o evento, o diretor da Susep Vinicius Brandi destacou a importância do diálogo adotado ao longo das etapas de implementação do sistema de registro de operações, que tem considerado não só as sugestões que a autarquia recebeu do mercado, mas também a visão do consumidor. “O processo de regulação é de diálogo permanente e aberto com todos os segmentos. É esta transparência que buscamos incentivar”, concluiu.
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