Balança comercial de março 2019
Durante o mês de março de 2019, o Brasil exportou US$ 18,12 bilhões e importou US$ 13,13 bilhões, registrando um saldo positivo de US$ 4,99 bilhões. Em comparação com o mesmo período do ano passado, a balança comercial registrou queda de 22,27%, quando o superávit chegou a US$ 6,42 bilhões. É o pior resultado dos últimos três anos.
Em relação a março do ano passado, as exportações tiveram queda de 1% e as importações registraram aumento de 5,1%. As exportações aumentaram 7,9% na venda de produtos básicos, sendo que as exportações de manufaturados caíram 6,5% e as de semimanufaturados, 0,5%. Nas importações, o governo federal informou que aumentaram as compras de bens de capital (+13%), bens intermediários (+5,8%) e de bens de consumo (+1,6%), mas caíram as compras de combustíveis e lubrificantes (-0,5%).
Com o resultado de março, a balança comercial acumula superávit (exportações menos importações) de US$ 10,889 bilhões nos três primeiros meses do ano, com recuo de 11,1% na comparação com o mesmo período de 2018, quando o superávit tinha atingido US$ 12,243 bilhões.
No primeiro trimestre de 2019, as exportações somaram US$ 53,026 bilhões, retração de 3% em relação ao mesmo período de 2018 pelo critério de média diária. As importações totalizaram US$ 42,138 bilhões, recuo de 0,7% na mesma comparação.
A principal queda nas exportações ocorreu com os produtos manufaturados, cujas vendas caíram 6,5% em relação a março do ano passado. As maiores retrações ocorreram na venda de veículos de carga (-68,2%), óleos combustíveis (-49,6%), automóveis de passageiros (-41,4%) e autopeças (-13,4%). A maior parte dessa queda é efeito da crise na Argentina, principal comprador de produtos industrializados do Brasil e terceiro maior parceiro comercial do país. Somente em março, as exportações para o país vizinho caíram 48,4%.
Depois de o saldo da balança comercial ter encerrado 2018 em US$ 58,959 bilhões, o segundo maior resultado positivo da história, o mercado estima um superávit menor em 2019 motivado principalmente pela recuperação da economia, que reativa o consumo e as importações.
Segundo o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, os analistas de mercado preveem superávit de US$ 50,25 bilhões para este ano. O Ministério da Economia ainda não fez projeções oficiais para o saldo da balança comercial em 2019.
Aparecido Rocha – insurance reviewer
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