Fintechs e insurtechs não são ameaça para instituições financeiras e seguradoras tradicionais
Estudo do Financial Stability Board aponta as gigantes de tecnologia (bigtechs) como as maiores ameaças
Estudo divulgado recentemente pelo Financial Stability Board (FSB) - entidade vinculada ao G-20 que preza pela integridade do sistema financeiro mundial - conclui que as intechs e insurtechs (startups das área de finanças e seguros) não representam uma grande ameaça à estabilidade de bancos, seguradoras e gestores de recursos.
De acordo com o documento, até o momento, a relação entre instituições financeiras e seguradoras tradicionais e essas empresas de tecnologia parece ser amplamente complementar e cooperativa. Uma notável exceção, segundo os autores, relaciona-se ao mercado de pagamentos e de crédito, onde as fintechs devem começar a pressionar os resultados das companhias estabelecidas.
Se, por um lado, as fintechs e insurtechs não apresentam uma ameaça imediata, o vislumbre de que grandes empresas de tecnologia entrem no mercado financeiro tem causado preocupação em executivos do setor segurador no mundo inteiro. As bigtechs, como ficaram conhecidas, são empresas gigantes que atuam como operadoras de dados (das mais diferentes formas) e que estariam se preparando para entrar no mercado bancário e de seguros.
O principal risco apontado pelo FSB é de que essas gigantes concentrem mercados em função de vantagens competitivas excessivas, visto que, normalmente, são empresas muito bem capitalizadas, com monopólio de informações essenciais que, por exemplo, permitiriam o desenvolvimento de modelos de gestão de riscos individualizados.
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