Você sabe ser feliz?
O curso mais procurado em 317 anos de história na Universidade de Yale revelou o desespero da busca e as noções equivocadas atuais sobre o que é uma vida feliz e com significado.
A felicidade é subjetiva. Apesar disso, a Universidade de Yale, uma das mais respeitadas do mundo, criou um curso que ensina o que ser feliz e ter uma vida plena. A repercussão das aulas causou muito mais surpresa do que o tema proposto. “Hapiness and the Good Life” se tornou um fenômeno. Em apenas um semestre, mais de 1,2 mil estudantes de graduação se inscreveram, o que bateu o recorde de 317 anos de história da instituição. Oferecido em módulo reduzido pela internet, o treinamento atraiu mais de 91 mil pessoas, de 168 países.
O sucesso do curso, criado pela professora de psicologia e ciências cognitivas Laurie Santos, pode ser uma mensagem. A ideia é discutir os equívocos que cometemos quando se fala em felicidade e também apresentar estratégias para criar hábitos melhores. Ou seja, ser mais feliz.
A urgência do tema ficou clara também na própria sala de aula, com o enorme impacto criado por uma ação da professora. Em determinado dia, ela entregou pedaços de papel aos alunos, nos quais estava escrito “sem aula hoje”. Foi no meio do semestre, com as provas e os trabalhos aumentando, todos exaustos e estressados. Existia uma regra: eles não poderiam usar aquela uma hora e quinze minutos inesperados de tempo livre para estudar. Eles tinham que aproveitá-los. Nove alunos a abraçaram, dois choraram. Muitos relataram depois sensações e momentos incríveis que viveram naquela hora livre.
Laurie havia criado uma aula diferente, sobre a psicologia de viver uma vida feliz e com significado. Ela pretendia que a lição permanecesse na mente dos alunos. Por todo o semestre, explicou o porquê de pensarmos da maneira que pensamos. Depois disso, desafiou os alunos a usar o conhecimento para mudar suas próprias vidas. Cancelar a aula não foi só uma maneira de lhes dar descanso, mas foi uma imersão no assunto, uma provocação: ela estava pedindo para que eles parassem de se preocupar com notas, nem que fosse por uma hora.
A ideia por trás da aula é enganosamente simples, e muitas das lições são familiares, como a gratidão, ajudar ao próximo, dormir o suficiente. Difícil é a aplicação desses conceitos, uma questão que Laurie Santos repete: “nossos cérebros geralmente nos levam a más escolhas. Mesmo quando percebemos, é difícil de parar com os maus hábitos”.
Ser feliz pode estar em repensar atos e costumes e dar a cada coisa de nossas vidas o verdadeiro peso que elas têm, sem ficar mergulhado em cansaço, culpa e ansiedade. Sobre uma boa vida, a professora avisou aos estudantes que eles já sabem como vivê-la: só precisam praticar. Muitos alunos contaram como o curso mudou a vida deles. “Se você é muito grato, me mostre, mude a sociedade”, disse a professora.
O maior erro das pessoas sobre a aula é que Laurie Santos estaria oferecendo uma medida certa para a felicidade. “É algo que você deve trabalhar todos os dias. Com o tempo, essas habilidades auxiliarão a desenvolver hábitos melhores e a ser mais feliz. Espero que eles permaneçam com as pessoas pelo resto da vida.” O curso, porém, não tem previsão de ser repetido.
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