Mulheres ainda enfrentam dificuldades para entrar no mercado de trabalho, segundo pesquisa
Um dos principais motivos é a maternidade
Segundo um estudo realizado em 2017 pela Organização Internacional do Trabalho, OIT, o aumento de mulheres no mercado de trabalho faria o PIB crescer 3,3% que é equivalente a R$282 bilhões e acrescentaria R$131 bilhões às receitas tributárias. Essas informações estão no relatório Perspectivas Sociais e de Emprego no Mundo – Tendências para Mulheres 2017.
Mas, para isso acontecer, seria necessário reduzir 25% da desigualdade na taxa de participação das mulheres no mercado de trabalho até 2025, os países que fazem parte do G20 já se comprometeram a diminuir esse número nos próximos anos.
São vários fatores que impedem maior representatividade feminina no mercado, entre eles, a maternidade. Com tantas exigências das empresas, ainda é possível perceber que ser mãe pode ser um impedimento para as mulheres.
“Antes da maternidade nunca tive problema em voltar para o mercado de trabalho, quando voltei de licença fui eu quem quis sair do emprego por motivos pessoais, depois de um certo tempo quando resolvi retornar, estava ganhando muito menos e durou apenas um ano. E durante dois anos, todas as vezes que tinha entrevista, sempre me perguntavam sobre a minha vida pessoal e familiar, o que é bem diferente de querer saber se a pessoa é dedicada ou proativa, por exemplo”, conta Glauce Pereira, diretora administrativa da Best View Inglês, plataforma online de curso de idiomas.
Aline Giron, que trabalha no departamento de marketing da Best View Inglês, também teve dificuldades em voltar ao mercado de trabalho após ter ficado um período se dedicando a maternidade. “A verdade é que não importa o quanto uma mulher seja boa no que faz, encontrar uma oportunidade que ainda a permita ser mãe é um desafio imenso. É claro, ninguém estava me impedindo, mas o que eu encontrei foram oportunidades que me privariam do meu tempo com meus filhos”, conta.
Rodrigo Bucollo, CEO da Best View Inglês, diz que entende a importância da força feminina no mercado e que trabalha para que na própria empresa não exista preconceitos e imposição de padrões a serem seguidos. “Sabemos que muitas mulheres fazem jornada dupla para dar conta de tudo, não contratar uma mulher porque ela tem filhos, além de preconceituoso, seria bobagem da minha parte, afinal, por que eu não teria em minha equipe alguém que realmente agrega à empresa? É importante que os gestores trabalhem para desconstruir o preconceito e machismo presentes na rotina do ambiente corporativo e que deem as suas colaboradoras condições de manter em ordem a vida profissional e pessoal”, finaliza.
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