Janeiro Branco: Educação Física no tratamento da dependência química
Crédito: Freepik
Estudos demonstram que a prática regular de exercícios físicos pode reduzir os sintomas de ansiedade e depressão, frequentemente associados ao uso de álcool e drogas
O mês de janeiro é conhecido como o Janeiro Branco, uma campanha dedicada à conscientização sobre a saúde mental. Neste contexto, a Educação Física surge como uma poderosa ferramenta no tratamento da dependência química, promovendo não apenas a saúde física, mas também o bem-estar emocional e social dos indivíduos em recuperação.
Um estudo das universidades de Toronto, no Canadá, e Kyushu, no Japão, publicado na revista Molecular Psychiatry, revelou que o aumento da formação de neurônios e a consequente reorganização dos circuitos neurais, tanto por meio da prática de atividade física quanto por manipulação genética, ajudam a esquecer memórias traumáticas e associadas ao uso de drogas.
Para a professora de Educação Física, Fernanda Martins, especialista em dependência química, a prática de esportes e atividades motoras ajudam os pacientes a reconquistarem a autoconfiança e a autoestima, fundamentais no processo de recuperação.
Segundo a especialista, a atividade física estimula a produção de endorfinas, neurotransmissores responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar, aliviando às sensações de desconforto e ajudando a mitigar os efeitos da abstinência. “Quando oferecemos a atividade física ao paciente estamos estimulando práticas saudáveis poderosas no tratamento de reabilitação e, ao associar com ferramentas terapêuticas, os resultados tendem a ser muito positivos”, explica.
O primeiro passo é buscar ajuda
Em São Paulo, pessoas que buscam tratamento para alcoolismo e drogadição são acolhidos por equipes multiprofissionais compostas por psicólogos, educadores físicos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros e médicos psiquiatras nos 99 Centros de Atenção Psicossociais (Caps), sendo um terço deles especializado na modalidade álcool e drogas.
O serviço da Secretaria Municipal de Saúde também atua no acolhimento às situações de crise, nos estados agudos da dependência química e de intenso sofrimento psíquico. Há também unidades de tratamento oferecidas pelo Governo do Estado que contam com equipes multiprofissionais que utilizam a atividade física como aliada terapêutica.
“A primeira atitude de quem luta contra essa enfermidade é reconhecer a necessidade de um tratamento e procurar assistência. Atualmente, há diversos serviços públicos e privados que oferecem atendimentos especializados. Neste sentido, a Educação Física agrega significativamente na saúde emocional, para que o paciente esteja estabilizado mentalmente para se livrar do vício”, finaliza Fernanda.
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