Cirurgia endoscópica de coluna ajuda atletas a retornarem às atividades em tempo recorde
Segundo a Organização Mundial da Saúde, sete em cada 10 brasileiros sofrem com dores nas costas. Os motivos podem ser vários, mas hérnia de disco e cervical estão entre os mais relatados. E não pense que isso acontece apenas com pessoas avessas à atividade física.
Os atletas, mesmo aqueles de alto desempenho, podem ter problemas na coluna. Mas como enfrentar as dores diante de uma competição que está prestes a chegar? E quando a cirurgia é a única opção?
O Dr. Marcelo Amato, especialista em neurocirurgia e pioneiro no Brasil da cirurgia endoscópica de coluna, explica que a endoscopia de coluna é a melhor técnica cirúrgica para os atletas de alto nível, assim como para atletas amadores.
“Entre os atletas em quem realizei cirurgia endoscópica da coluna, recordo de um triatleta que não sentia dor para nadar e nem para pedalar, no entanto, não conseguia correr sem sentir dor na perna. Esse paciente apresentava uma hérnia de disco que comprimia a raiz nervosa e o impacto da corrida o impossibilitava de treinar para suas provas. Foi possível a remoção de fragmento extruso de hérnia discal que comprimia a raiz com um corte de 7mm poupando a musculatura. Por ter discos intervertebrais ainda saudáveis, preservamos totalmente o disco, o que possibilitou retorno rápido às atividades esportivas”, conta Dr. Amato, que também é especialista em cirurgias de coluna minimamente invasivas.
Um estudo com 21 atletas realizado no Japão, sobre cirurgia endoscópica na coluna, mostrou que em uma semana após a cirurgia já foi possível iniciar o processo de reabilitação. Com três semanas, os atletas iniciaram corrida e treino de equilíbrio. O retorno às atividades esportivas realizadas antes da lesão ocorreu em uma média de nove semanas. “Além de resolver as dores dos atletas, a cirurgia endoscópica lombar possibilitou o rápido retorno às atividades esportivas e com o mesmo desempenho”, reforça o neurocirurgião.
Postura Inadequada – É muito importante dar atenção à postura durante qualquer atividade física, independentemente do esporte praticado, mas pelos movimentos que são executados.
O Dr. Amato explica que situações de maior risco estão presentes nos esportes que exigem movimentação brusca da coluna, especialmente com flexão e rotação, e maior risco ainda, se envolverem carga.
“Modalidades como tênis, futebol, handebol, basquetebol e Crossfit são alguns exemplos. Esportes de contato também geram riscos, pois os movimentos do corpo são influenciados por outra pessoa, por exemplo, as artes marciais, futebol americano e os esportes coletivos mais populares”, explica o especialista.
Como é feita a cirurgia - É utilizado um endoscópio associado a uma câmera pelo qual o neurocirurgião acessa o local, remove a hérnia de disco ou outra lesão, e descomprime as estruturas neurais, com dano mínimo às estruturas da coluna, preservando ao máximo as articulações, ligamentos e musculatura, através de uma incisão de 0,8 a 1 cm, que é fechada com um ponto e recebe um pequeno curativo.
Como o procedimento é simples e exige apenas um corte pequeno, o trauma cirúrgico é mínimo e a recuperação é extremamente rápida. O paciente geralmente é operado e vai para casa no mesmo dia da cirurgia. Assim, reduz-se o tempo de afastamento do trabalho, sendo este um objetivo da ampliação da cobertura pelos planos de saúde.
Sobre Dr. Marcelo Amato – Graduado e doutor pela USP Ribeirão Preto, o médico neurocirurgião Marcelo Amato é especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva de crânio e coluna. Doutor em neurocirurgia pela Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Especialista em neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e pela Associação Médica Brasileira (AMB), e em cirurgia de coluna pela Sociedade Brasileira de Coluna (SBC). Diretor do Hospital Dia Amato, centro especializado em cirurgias minimamente invasivas da coluna.
Possui publicações nacionais e internacionais sobre endoscopia de coluna, neurocirurgia pediátrica, tumores cerebrais, cavernomas, cistos cerebrais, técnicas minimamente invasivas, entre outros.
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