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'Transtornos psíquicos que podem afetar as crianças em meio a pandemia', por Andréa Ladislau, doutora em psicanálise

  • Terça, 20 Abril 2021 10:10
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Kelly Goldoni
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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Na lista de perguntas que as crianças fazem aos adultos, entraram mais alguns itens nos últimos tempos: o que é o Coronavírus? Porque temos que ficar em isolamento social? O que é quarentena?

Imagina a mente dos pequenos com tanta informação, dúvidas e sendo obrigadas a ficar em casa e ter sua rotina totalmente modificada, sem o contato com a escola e com os amigos. Sem poder sair para brincar ou ir as festas, onde mantinham uma vida social sadia, gastando energia e interagindo com as pessoas. E ainda sendo obrigados a se adaptar a uma nova rotina em função de um “tal vírus”.

Desta forma, o fato de estarem confinados em casa, limitados em suas ações, tem trazido, para muitos, mudança de humor e de comportamento que começam a assustar os pais e responsáveis. Relatos demonstram que a sobrecarga emocional em meio a estas mudanças sociais está alterando bastante a relação pais e filhos.

Ao sair de sua zona de conforto e serem confrontados com o medo, dúvidas e muitas informações, é natural que o comportamental abalado seja percebido. Uma vez que, a intensidade das emoções é muito grande e elas nem sempre possuem condições cognitivas de se expressarem em palavras. Diante do turbilhão de emoções, a observação destas mudanças na fala e no gestual, pode auxiliar os pais a perceberem o quanto o momento atual está impactando os filhos.

Transtornos de ansiedade, angústia, medo excessivo, choro sem explicação, alterações bruscas de humor, oscilação no apetite, irritabilidade e agressividade incomuns e até alterações no sono são alguns sinais de alerta aos responsáveis de que algo está em desequilíbrio. As emoções e sensações internas passam a ser manifestadas pelo corpo - já que expressar pela linguagem nem sempre é de domínio das crianças.

Os pais devem estar atentos a estas alterações comportamentais e buscar meios de amenizar a tensão do momento. Um erro muito comum é tentar proteger a criança, escondendo as informações. Esta atitude não ajuda e conflita com a facilidade que hoje as crianças possuem de, através dos meios eletrônicos, obterem as notícias. O ideal é ser transparente com seu filho. Falar sobre o vírus e os motivos pelos quais temos a necessidade do isolamento, sem levar medo ou pânico. De forma lúdica, introduza o assunto e mostre que é uma situação momentânea, mas necessária para que possamos voltar a realizar, de forma saudável, as nossas atividades.

Acolha seu filho, leve carinho e busque ouvir mais. A oportunidade do isolamento nos dá a chance de desacelerar e olhar mais a nossa volta, podendo dar ás crianças condições de expressar melhor seus sentimentos.

Um ambiente harmonioso é possível - desde que os pais também estejam se cuidando mentalmente. O momento atual, onde todos estão juntos, pode estimular a criatividade, estimular brincadeiras em conjunto, melhorar o diálogo e facilitar a aproximação e o convívio da família.

Portanto, o isolamento social em função da pandemia está modificando rotinas e comportamentos, tanto dos adultos quanto das crianças. Aproveite para abrir o diálogo com seu filho e permita-se perceber suas emoções e sentimentos. Sensações que a rotina sempre nos roubou. Minimize o medo e a angústia mostrando o quanto o sacrifício é necessário para se evitar o contágio pelo vírus. Assim, o dia poderá ficar mais divertido se desenvolverem atividades juntos e incluírem um pouco mais de leveza, diálogo, cumplicidade e harmonia no dia a dia da família.

Dra Andréa Ladislau

Psicanalista

* Doutora em Psicanálise

* Membro da Academia Fluminense de Letras - cadeira de numero 15 de

Ciências Sociais

* Administradora Hospitalar e Gestão em Saúde

* Pós Graduada em Psicopedagogia e Inclusão Social

* Professora na Graduação em Psicanálise

* Embaixadora e Diplomata In The World Academy of Human Sciences US

Ambassador In Niterói

* Professora Associada no Instituto Universitário de Pesquisa em

Psicanálise da Universidade Católica de Sanctae Mariae do Congo.

* Professora Associada do Departamento de Psicanálise du Saint

Peter and Saint Paul Lutheran Institute au Canada, situado em souhaites.


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