Perda óssea aumenta com quarentena e exige prevenção, alertam cirurgiões do quadril
Entre 50 e 75 anos os casos de osteoporose no sexo feminino superam em seis vezes os do sexo masculino
A perda da massa óssea tem início aos 20 anos de idade e exige um esquema de prevenção, embora muita gente pense que a osteoporose só deve preocupar o idoso. A afirmação é do presidente da Sociedade Brasileira de Quadril – SBQ, o cirurgião Giancarlo Polesello, para quem o imobilismo decorrente da necessidade das pessoas ficarem em casa por causa da pandemia agrava o risco de uma fratura a curto prazo para os idosos, ou no futuro, para a faixa etária mais jovem.
A recomendação da SBQ é que mesmo isoladas dentro de casa ou de um apartamento, as pessoas se preocupem em tomar um pouco de sol, mesmo que seja na varanda e se exercitem diariamente.
“Um exercício simples e efetivo é subir e descer repetidamente uma escada entre os andares de um prédio, por exemplo”, eficaz para reduzir o risco de osteoporose ou mesmo caminhar 20 minutos por um corredor ou sentar e levantar repetidamente. A atividade física favorece os ossos e fortalece os músculos, reduzindo o risco de fraturas em caso de queda, mais frequente no idoso.
As recomendações do especialista são dirigidas principalmente às mulheres, pois na faixa entre 50 e 75 anos os casos de osteoporose no sexo feminino superam em seis vezes os do sexo masculino. E a osteoporose em mulheres fragilizam principalmente o quadril, coluna lombar e punho. A fratura de punho, por sinal, para muita gente é um primeiro sinal da fragilidade dos ossos e frequentemente é acompanhada pouco depois por uma fratura de quadril.
Pesquisa da Scientific Reports analisou a relação entre fraturas de quadril e chances de o paciente idoso ir a óbito no futuro próximo. Foram analisados, durante um ano, pacientes com mais de 65 anos que passaram por manejo cirúrgico da fratura de quadril traumática. Os resultados indicam taxa de mortalidade para esses pacientes de 23,9%. O risco de mortalidade é ainda maior quando o paciente não realiza a cirurgia nas primeiras 48 horas após a fratura. Ou seja, quanto menor o tempo de espera pela cirurgia, menor o índice de mortalidade.
Para Polesello, a prevenção da osteoporose e das quedas que, eventualmente, levam à fratura é muito importante neste momento. É que um paciente com fratura que necessita internação para ser tratado, terá no hospital maior risco, já que há também a possibilidade de ser contaminado com a Covid-19 no ambiente hospitalar.
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