Falso Negativo de Testes Rápidos Tem Colaborado Para a Disseminação da Covid-19
Exames com detecção de anticorpos IgA combinados ao IgG são mais seguros para identificar a contaminação e permitem medidas mais rápidas de isolamento
A pandemia causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) ainda traz muitos desafios aos laboratórios clínicos para um diagnóstico assertivo. Pesquisas recentes da EUROIMMUN, líder mundial em soluções para diagnóstico laboratorial, apontam que a detecção de níveis de anticorpos IgA é superior comparado com anticorpos IgM para diagnosticar a Covid-19. Isso ocorre porque, em infecções respiratórias, são observados altos títulos de anticorpos IgA. Estudos ainda demonstram que, para o SARS-CoV-2, os anticorpos IgA aparecem precocemente, logo após o aparecimento dos sintomas, sendo um excelente marcador precoce da infecção pelo novo coronavírus.
Após o contágio, o vírus pode apresentar um período de incubação de até 14 dias e, durante essa fase, os indivíduos estão assintomáticos, mas podem transmiti-lo. Para detecção direta do SARS-CoV-2 nos estágios iniciais da infecção, o teste recomendado é o RT-PCR, através de amostras do trato respiratório superior (swab nasofaríngeo). Esse exame é considerado o padrão-ouro no diagnóstico da Covid-19.
Depois do período de incubação, o vírus começa a se replicar e a resposta do corpo para esse "ataque" é a produção de anticorpos, que tem início em aproximadamente dois dias após o aparecimento dos sintomas. "Nesse estágio, a sorologia, diferentemente da PCR, verifica a resposta imunológica do corpo em relação ao vírus, com um exame realizado a partir da amostra de sangue do paciente. A concentração de anticorpos IgA é elevada quando comparada aos anticorpos IgM, que pode ainda nem ter sido produzido ou estar em níveis indetectáveis, logo após o aparecimento de sintomas. Desta forma, dependendo da fase da infecção em que o indivíduo se encontra, os anticorpos IgM podem ser indetectáveis, devido à sua baixa concentração, levando a um resultado falso negativo", explica Michel Soane gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da EUROIMMUN.
O infectologista destaca que, para obter um resultado mais confiável e assertivo, é recomendada a realização de testes IgA e IgG combinados. "A detecção de anticorpos IgA e IgG combinados permite uma sensibilidade aumentada do diagnóstico, uma vez que anticorpos IgA surgem em aproximadamente 2 dias após aparecimento dos sintomas e anticorpos IgG surgem por volta do 5º dia, tendo seus títulos elevados com o decorrer do tempo. A detecção desses anticorpos é eficiente porque, quanto mais cedo eu souber que o paciente está infectado, mais cedo podem ser tomadas as medidas de isolamento, evitando a transmissão para outras pessoas e, consequentemente, reduzindo a letalidade da doença."
O Ministério da Saúde recomenda a realização de testes sorológicos depois de oito dias do aparecimento dos sintomas, para que o indivíduo tenha concentrações detectáveis de anticorpos. Após 10 dias do aparecimento dos sintomas, os testes para detecção de anticorpos IgA atingem sensibilidade de 100%.
Outro ponto positivo desse teste é que, para um paciente com sintoma mais severo de infecção respiratória, a detecção de produção de anticorpos é um bom prognóstico. "Se a pessoa está respondendo ao vírus, está produzindo anticorpos e isso significa que ela tem maior probabilidade de evoluir para a cura. Então, esse exame também é indicado para monitorar o progresso do paciente", conclui Soane.
Sobre a EUROIMMUN Brasil
Há 30 anos no mercado mundial e mais de 6 anos no Brasil, a EUROIMMUN é líder global em soluções para diagnóstico laboratorial de doenças autoimunes, infecciosas, alérgicas, detecção de antígeno e diagnóstico molecular, através dos métodos de Imunofluorescência, ELISA, Imunoblot e Biologia Molecular. A companhia possui uma fábrica no Brasil, replicando a mesma estrutura da matriz alemã, com equipamentos e tecnologia de última geração, garantindo excelência em seus produtos e serviços. A unidade nacional fabrica as lâminas que contêm a inovadora tecnologia "Biochip", que permite a miniaturização extrema para a combinação de mais de 30 tecidos diferentes, substratos celulares e antígenos purificados, para testes de diagnóstico. Uma técnica ágil que evita o desperdício do material e garante maior rapidez na realização dos exames.
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