Combate à COVID-19: Laboratório de Química Atmosférica (LQA) do CTC/PUC-Rio dá dicas de produtos mais eficientes para a confecção de máscaras
Combate à COVID-19: Laboratório de Química Atmosférica (LQA) do CTC/PUC-Rio dá dicas de produtos mais eficientes para a confecção de máscaras, mostra quanto tempo o coronavírus sobrevive em diferentes superfícies, diminuição da poluição e chama atenção para contágio pelo ar
Instruções fazem parte dos materiais divulgados no Instagram do LQA
O Laboratório de Química Atmosférica (LQA), do Departamento de Química do Centro Técnico Científico da PUC-Rio (CTC/PUC-Rio), está usando o seu Instagram https://www.instagram.com/lqapucrio/ para divulgar dicas de como se proteger da COVID-19. Com alto poder de contágio e transmitido por meio de gotículas respiratórias ou pelo contato, o LQA focou em quatro pontos: superfícies, materiais para a confecção de máscaras, diminuição da poluição e contágio pelo ar. As atualizações do Instagram do LQA serão semanais, sempre com informações relevantes sobre a doença e seu comportamento no ar.
As máscaras têm se tornado obrigatórias em diversas cidades mundo afora e podem limitar a propagação do contágio. Muitos podem fazer em casa e, com base em dados da University of Cambridge, na Inglaterra, o LQA mostra quais materiais têm maior percentual de filtrar partículas. Os sacos de papel de aspirador de pó, por exemplo, têm 95% de eficiência, mas dificultam a respiração do usuário. O pano de prato tem o mesmo problema, apesar dos 83% positivos no combate ao coronavírus. Os materiais mais confortáveis para a produção de máscaras caseiras são a camiseta 100% de algodão, que chega a 69% de proteção, e as fronhas, que chegam ao índice de 57%.
Outra dúvida recorrente é com relação ao tempo de vida da COVID-19 nas superfícies, o chamado "Tempo de Estabilidade". Foi feito um comparativo com os Aerossóis, partículas sólidas ou líquidas que ficam suspensas no ar, que levam cerca de 70 minutos para a quantidade reduzir à metade ("Tempo de Meia-Vida"). Tal qual os aerossóis, o coronavírus também estar em qualquer ambiente. No plástico e no aço, o COVID-19 pode ficar até 72h (três dias). No papelão, são 24h e, no cobre, 4h apenas. Os vírus são reduzidos à metade em 90 minutos para o cobre, cerca de 5,5h para o aço, quase 7h para o plástico e quase 4h para o papelão.
Com o isolamento social adotado por diversos países, mais de 500 milhões de pessoas passaram a ficar em casa e notou-se uma queda significativa da poluição do ar. Alguns lugares como China, Itália e Índia o nível de poluição caiu drasticamente depois do isolamento, segundo instituições responsáveis pela qualidade do ar (quais) e a NASA. A equipe do LQA sugere que se forem adotadas medidas econômicas de baixo carbono, os benefícios serão importantes tanto para o meio ambiente, quanto para a saúde humana.
O Instagram do LQA chamou atenção ainda para um estudo publicado na revista Nature, uma das mais conceitudas mundialmente na área de ciência, que constatou a presença do novo coronavírus no ar em partículas de poluição no ar. Estas partículas contaminadas podem ser respiradas, indicando que a pandemia pode se propagar com mais facilidade em locais mais poluídos.
"A motivação é informar, de modo que as pessoas não acreditem em notícias falsas, e, desta forma, possam tomar atitudes conscientes e responsáveis", reforça a Profª Adriana Gioda, coordenadora do LQA e que contou com a ajuda das alunas de doutorado Elizanne Porto e Karmel Beringui para a elaboração do material publicado no Instagram e também no site do Departamento de Química do CTC/PUC-Rio no link http://www.qui.puc-rio.br/noticias-e-eventos/blog/.
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