Dia Mundial da Hipertensão alerta para cuidados durante a pandemia
Na segunda-feira, 26 de abril, é celebrado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. Neste ano, enquanto o mundo enfrenta a pandemia por coronavírus, a data também visa alertar para os cuidados que pacientes hipertensos devem ter, uma vez que integram o grupo de risco para desenvolver sintomas mais graves após a infecção.
A relação da hipertensão com a Covid-19 foi observada a partir da análise dos dados chineses em que se observou que entre as pessoas que faleceram pela doença, a hipertensão era a comorbidade mais presente (cerca de 40%).
Ser hipertenso passou a ser considerado um fator de risco para o óbito nas formas mais graves da Covid-19. Parte da relação entre a hipertensão, e também as outras doenças do coração, ocorre porque a infecção pelo coronavírus promove uma resposta inflamatória sistêmica exagerada.
“É como se ao tentar combater o vírus o organismo exagerasse nos mecanismos de defesa. E essa resposta inflamatória sistêmica exagerada promove uma série de complicações como formação demicrotrombos que obstruem os vasos sanguíneos, dilatação dos vasos, comprometimento da função do coração. Os pacientes portadores de hipertensão que não estão com um bom controle da pressão arterial também têm uma situação de inflamação sistêmica subclínica (porém em intensidade muito menor do que ocorre na Covid-19), desta forma se tornam mais suscetíveis às complicações da infecção pelo coronavírus”, explica a presidente do Departamento de Hipertenção da Socerj, Dra Erika Campana.
A cardiologista aponta que o maior cuidado que o paciente hipertenso precisa ter é o de evitar se contaminar, portanto, fazer isolamento social e lavar constantemente as mãos. “Especificamente em relação à hipertensão não deixar de tomar seus medicamentos, porque se a pressão arterial estiver bem controlada, esse paciente, mesmo sendo hipertenso, provavelmente irá ser menos propenso a ter uma forma grave da Covid-19 caso se contamine”, afirmou.
Dados
A doença cardiovascular é a causa número um de morte no Brasil, sendo responsável por 300 mil mortes por ano. E a hipertensão é o principal fator de risco para as mortes relacionadas às doenças do coração. No Brasil temos cerca de 36 milhões de hipertensos, dos quais apenas um terço (10 milhões) está se tratando; e dos que estão se tratando, apenas um terço (3,6 milhões) está com a pressão controlada.
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