Gravidez e Tratamentos de fertilidade devem ser adiados em tempos de coronavirus?
Especialista da Pró-Criar explica que cada caso deve ser analisado com cautela; apoio emocional é muito importante nessa fase
A pandemia do coronavirus deixou o mundo em estado de alerta e trouxe mudanças significativas na vida e na rotina de milhões de pessoas. No mês em que se celebra o Dia Mundial da Saúde (7 de abril), a população tenta se adaptar a uma nova realidade. Para a mulher que está tentando engravidar, o momento de incertezas levantou um grande questionamento: afinal, devo adiar os planos de ser mãe?
De acordo com o ginecologista e especialista em reprodução assistida da Pró-Criar, Dr. João Pedro Junqueira Caetano, a resposta depende de cada caso. “A princípio, não há urgência em interromper as tentativas naturais. Isso porque é uma situação diferente da epidemia do zika vírus, por exemplo, que estava relacionado a malformações no bebê. No caso do coronavirus, os estudos realizados até o momento não demonstraram que o feto possa ser prejudicado, mesmo que a mãe contraia a doença”, explica. O que as mulheres devem levar em consideração, segundo o especialista, é que, estando grávida, as rotinas de consultas de pré-natal, ultrassons e outras situações que exijam atendimento médico, podem ficar comprometidas em função da superlotação dos hospitais e postos de saúde e das medidas de isolamento social.
Já no que diz respeito aos tratamentos de reprodução assistida, a recomendação é outra. Segundo Dr. João Pedro, as sociedades médicas de reprodução do Brasil e do mundo indicam que os casos sejam avaliados individualmente. “Recomenda-se não iniciar novos tratamentos agora, à exceção de casos oncológicos e de outros em que o adiamento possa causar mais dano ao paciente. Os ciclos em andamento devem ser finalizados, levando-se em consideração a possibilidade de realização do congelamento de óvulos ou embriões para uma transferência futura”, ressalta.
Apoio emocional
O momento de incerteza pode ser especialmente prejudicial à saúde mental de uma tentante, conforme analisa a psicóloga da Pró-Criar, Dra. Cássia Avelar. “A mulher que estava planejando uma gravidez há tempos, de repente se deparou com um empecilho, uma frustração e a incerteza de não saber quando poderá retomar seus planos”. É um fenômeno que também se estende para a população em geral e pode trazer medo, preocupações e sintomas de ansiedade e depressão. “Por isso, o suporte psicológico nesse momento pode ser muito importante. A Pró-Criar, inclusive, tem disponibilizado um serviço de apoio a suas pacientes por videoconferência”, conta a psicóloga.
De modo geral, Dra. Cássia afirma que algumas táticas como tentar fazer coisas que gosta, se abrir com o parceiro, conversar com o médico, meditar e tentar controlar os pensamentos negativos já ajudam a trazer um certo alívio. “É comum esperar o pior da situação, mas precisamos ter consciência de que muitos desses pensamentos são simples produtos da mente e temos que tentar não embarcar neles. Mas, se o fardo estiver pesado demais, não hesite em buscar ajuda psicológica”, finaliza.
Sobre a Pró-Criar
A Pró-Criar, especializada em reprodução assistida, está completando 21 anos de atuação. A clínica tem como objetivo primordial aliar procedimentos técnicos a um atendimento acolhedor àqueles que buscam tratamento de fertilidade. Fundada pelo Dr. João Pedro Junqueira Caetano, especialista em Reprodução Assistida pela AMB, em fevereiro de 1999, a Pró-Criar é formada por uma equipe multidisciplinar de ginecologistas, urologista, embriologistas, psicólogos, e enfermeiras com larga experiência em todas as áreas da reprodução humana. Em fevereiro de 2018 passou a integrar o Grupo Huntington de Medicina Reprodutiva.
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