COVID-19: Plataforma oferece gratuidade para médicos atenderem on-line
A plataforma Mymedi, que funciona como um prontuário eletrônico, com base audiovisual para telemedicina, está oferecendo gratuidade para médicos e instituições de saúde que necessitem atender seus pacientes remotamente.
Para o médico e um dos idealizadores do Mymedi, Dr. Paulo Lázaro, já é esperada uma saturação dos serviços de saúde em todo o país, em decorrência do coronavírus, principalmente para aqueles que oferecem atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que atendem 75% da população brasileira. Mesmo consultórios e clínicas particulares precisam encontrar maneiras para dar apoio e orientação aos pacientes que não podem sair de casa.
A consulta direta do paciente com seu médico de confiança ajuda não só a sanar dúvidas e eliminar angústias como conter informações incorretas que são amplamente disseminadas em períodos de propagação de novas doenças.
"Hoje é imprescindível o isolamento, como orienta a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde. Só assim poderemos garantir que o vírus Covid-19 não se propague em uma velocidade absurda. Um paciente idoso, que está no grupo de risco, por exemplo, pode ter um simples problema de saúde, que uma orientação online poderá resolver, sem a necessidade de locomoção até o consultório. Por conta disso, liberaremos gratuitamente o acesso a nossa plataforma, onde é possível consultar o prontuário e fazer o atendimento de pacientes de forma remota, priorizando consultas presenciais apenas para casos de maior gravidade", explica o médico.
O conceito da telemedicina ganhou força nos Estados Unidos a partir dos anos 1950, enquanto no Brasil o debate sobre o tema só começou muitos anos depois. Hoje, em meio à pandemia é um conceito que se faz necessário.
No prontuário eletrônico - que já funciona em algumas clínicas privadas - é possível ter uma sala de consultório virtual, onde o médico se conecta por um link. Não é necessário baixar nenhum programa. O médico apenas faz sua inscrição e cria a sua sala de atendimento. Depois, encaminha o endereço eletrônico para seu paciente, marca o horário e realiza a consulta remotamente.
A vantagem do Mymedi, segundo Lázaro, é que, além de atender virtualmente o paciente, o médico poderá preencher o prontuário, armazenar exames, preservando todo o histórico das consultas em um mesmo ambiente, o que não é possível fazer em outros ambientes como como aplicativos de mensagens e vídeo-chamada, e-mails e redes sociais.
O sistema oferece ainda informações sobre a bula de medicamentos, o CID e atestado aos pacientes. Um fator importante é todos os dados do paciente são mantidos em segurança, respeitando a confidencialidade médico-paciente.
"Além de oferecer assistência virtual, por meio do Mymedi também é possível realizar prescrições e pedido de exames com assinatura digital, mantendo a segurança dos pacientes, principalmente aqueles que precisam passar por consultas de acompanhamento, garantindo que eles se exponham menos. É ainda maneira de não sobrecarregar os sistemas de saúde nesse momento tão delicado pela qual estamos passando" diz Dr. Paulo Lázaro.
Outro idealizador da plataforma, o médico Dr. Marcelo Santoni conta que foram realizadas experiências em algumas clínicas no interior de São Paulo e a resposta foi muito positiva. "O que nos deixou satisfeitos é que o retorno foi altamente satisfatório para a teleconsulta, tanto por parte dos médicos, como por parte dos pacientes. Os testes mostraram que a nova modalidade tem tudo para ser uma excelente opção, ainda mais neste momento de crise".
Dr. Santoni esclarece, ainda, que o prontuário ficará armazenado para a consulta do médico solicitante, mesmo que o prazo de gratuidade do sistema tenha acabado. Ele também salienta que o atendimento virtual não foi criado para substituir a consulta presencial e sim para agilizar e orientar condutas com maior rapidez e dar o diagnóstico prévio. Deste modo, aqueles que não podem comparecer a hospitais, consultórios e clínicas não ficam sem atendimento.
Pelo sistema do Mymedi também é possível montar uma sala de conferência, caso o profissional necessite da opinião de outros especialistas, por exemplo. "Há muito tempo vínhamos detectando a necessidade de aplicativos para a telemedicina e telesaúde. Hoje já nem é mais uma tendência. Passou a ser de extrema necessidade, em razão do perigo do risco de contágio do coronavírus", finaliza.
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