Estudo que examinou a associação entre compulsão alimentar e IMC (Índice de Massa Corporal) demonstrou que um terço dos adultos com transtorno de compulsão alimentar tinha um histórico de suicidalidade durante a vida, comparado a 19% sem o transtorno. Esse termo é estranho, mas deriva de questionários que avaliam tentativas reais de suicídio e pensamento em suicídio.

“É sabido que distúrbios alimentares restritivos e compensatórios (por exemplo, anorexia e bulimia) são associados a um risco elevado de suicídio, mas a relação com o transtorno da compulsão alimentar é um alerta importante para a prática clínica”, explica Dr. Marcio Mancini, especialista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo – SBEM-SP.

Os resultados sugerem que pacientes com transtorno de compulsão alimentar devem ser identificados para uma integração meticulosa de cuidados psiquiátricos nos programas de perda de peso.

Bariátrica e suicídio

Outro estudo associa aumento de suicídio e automutilação após cirurgia bariátrica. “A cirurgia bariátrica é recomendada em casos bem específicos como o tratamento mais eficaz para a obesidade, já que melhora uma série de comorbidades associadas ao excesso de peso nesses pacientes, inclusive, o aspecto psicossocial”, reforça Dr. Mancini.

No entanto, esse estudo indicou que os pacientes em cirurgia pós-bariátrica apresentaram maior risco de tentativa de automutilação/suicídio. Vários fatores psicossociais, farmacocinéticos, fisiológicos e clínicos pré e pós-cirúrgicos podem estar envolvidos.

Sobre a SBEM-SP

A SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo) pratica a defesa da Endocrinologia, em conjunto com outras entidades médicas, e oferece aos seus associados oportunidades de aprimoramento técnico e científico. Consciente de sua responsabilidade social, a SBEM-SP presta consultoria junto à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, no desenvolvimento de estratégias de atendimento e na padronização de procedimentos em Endocrinologia, e divulga ao público orientações básicas sobre as principais moléstias tratadas pelos endocrinologistas.

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