Viver não é para sempre
Saber que todos vamos morrer é uma certeza, mas saber da morte anunciada para um período de seis meses por um câncer terminal transforma uma vida. É o que ocorre com o professor universitário de inglês interpretado pelo sempre carismático Johnny Depp, no filme “The Professor”.
Ao saber da notícia, tenta contar para família num jantar, mas sequer tem a chance de falar, pois a filha revela ser homossexual e, na sequência, a esposa confessa que o trai com o reitor da faculdade. Nesse contexto, decide se calar e mudar a sua vida, experimentando tudo aquilo que julga ter direito, desde drogas a uma experiência homossexual.
Muda a maneira de dar aula, tentando propiciar experiências significativas aos alunos e passando por um tímido affair com uma delas, a promissora atriz Odessa Young. Nessa caminhada, regada a muita bebida, caminha na direção do “carpe diem”, imortalizado pelo imortal Robin Williams no seu célebre personagem em “Sociedade dos Portas Mortos”.
O mais fascinante do filme está na maneira como o professor vai se relacionando com os personagens ao seu redor, aproximando-se da filha, reverenciando seu principal amigo e reconhecendo o amor pela esposa. A cena final, em que parte em um automóvel com o cão e toma uma decisão surpreendente numa encruzilhada atesta que sempre é possível pregar peças na vida, já que o final da jornada está mesmo escrito – e é sempre o mesmo.
Oscar D’Ambrosio é jornalista pela USP, mestre em Artes Visuais pela Unesp, graduado em Letras (Português e Inglês) e doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Gerente de Comunicação e Marketing da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
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