Terapia com células-tronco pode ajudar no tratamento contra a AIDS
Estudos indicam que a medicina regenerativa é uma alternativa para o tratamento da doença
Números do Ministério da Saúde indicam que mais de 800 mil pessoas vivem atualmente com o vírus HIV no Brasil. Parte delas, cerca de 15%, nem sabem que estão infectadas. Atualmente não há cura para a AIDS, mas pesquisas demonstram que o uso de células-tronco pode ser uma grande aliada no combate à doença.
Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriram que células-tronco modificadas geneticamente podem atacar células infectadas pelo HIV em organismos vivos. Para chegar a essa conclusão, eles modificaram células-tronco humanas do sangue e descobriram que elas podem formar células T maduras (linfócitos), que tem o potencial de atacar o HIV nos tecidos onde o vírus reside e se reproduz. O estudo foi feito em roedor, espécie animal na qual a infecção pelo HIV se assemelha à doença e sua progressão em seres humanos. Em uma série de testes realizados duas e seis semanas após a introdução das células modificadas, os pesquisadores descobriram que o número de células CD4 "ajudantes" das células T, que se esgotam durante a infecção pelo HIV, aumentou, enquanto o número de vírus do HIV no sangue diminuiu.
Estes resultados extremamente positivos podem levar a novas abordagens para o tratamento da doença. “É importante ressaltar que essas pesquisas ainda são experimentais. Portanto, é necessária uma avaliação mais ampla, sempre seguindo os protocolos de segurança e eficácia definido por entidades de pesquisa e ética reconhecidas”, comenta Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP.
Caso Timothy Brown - Em 2010 o mundo conheceu o caso de Timothy Ray Brown, norte-americano que era soropositivo desde 1995 e morava na Alemanha. Em 2006, Brown descobriu que sofria de leucemia e o tratamento contra a doença incluiu radioterapia e dois transplantes de células-tronco. O material foi adquirido de um doador alemão que tinha uma mutação genética rara conhecida como CCR5-delta 32, que deu a Brown resistência à sua infecção por HIV. “Nesse caso especifico, o paciente já possuía uma alteração genética parcial e recebeu a doação de alguém que tinha uma mutação completa, o que acabou transferindo para ele uma proteção ainda maior. No entanto, apesar do uso de células-tronco no tratamento da AIDS ainda estar em fase de testes, as perspectivas da medicina são enormes”, finaliza.
Sobre a Criogênesis
A Criogênesis, que nasceu em São Paulo e possui mais de 15 anos de experiência com células-tronco, é membro institucional da AABB (Associação Norte Americana de Bancos de Sangue). A clínica é referência em serviços de coleta e criopreservação de células-tronco, medicina reprodutiva, gel de plaquetas e aférese, incluindo a diferenciada técnica de fotoférese extracorpórea. Sua missão é estimular o desenvolvimento da biotecnologia através de pesquisas, assegurando uma reserva celular para tratamento genético futuro. www.criogenesis.com.br
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