Startup de viagens corporativas passa a atuar no transporte rodoviário
Travel tech de Minas Gerais, e com clientes em todo o Brasil, começa a incluir a opção de passagens de ônibus para os deslocamentos dos colaboradores das empresas clientes, atendendo a demanda do mercado.
A imagem mais comum quando se fala em viagens corporativas é a de executivos chegando ou saindo de aeroportos, não é mesmo? Mas, sobretudo em um país de dimensões continentais como o Brasil, é pelo deslocamento terrestre que se alcançam os mais longínquos rincões. Identificando essa demanda de mercado, a Onfly, travel tech que fornece a empresas a gestão das viagens de seus colaboradores, passa a atuar também no transporte rodoviário.
A startup inclui, agora, a opção de passagens de ônibus para os deslocamentos corporativos. De acordo com o CEO da Onfly, Marcelo Linhares, a decisão contempla pedidos que vinham sendo feitos por clientes, em especial das áreas de engenharia civil e da construção. São profissionais que muitas vezes precisam chegar a obras distantes de aeroportos.
Embora o serviço de gestão de viagens corporativas fornecido pela Onfly sempre abrangeu, além de passagens aéreas, também a hospedagem e a locação de veículos, a opção por incluir o transporte coletivo atende de maneira ainda mais efetiva as necessidades das empresas. Linhares destaca que, pela tradição do país em transporte rodoviário, o Brasil possui uma malha bastante capilarizada.
“Oferecendo também passagens de ônibus, ampliamos o leque de possibilidades de deslocamentos. Garantimos aos nossos clientes, assim, a certeza de que suas equipes chegarão a seus destinos pelos meios que melhor satisfaçam suas demandas. E tudo feito dentro de uma mesma plataforma, a da Onfly”, assinala Linhares.
A estimativa é a de que, até o fim do ano, o valor transacionado pela Onfly com passagens de ônibus seja de R$ 500 mil mensais. Isso equivale de 3% a 4% do montante total transacionado por mês, pela travel tech. Para a inclusão do novo serviço, a startup mineira firmou uma parceria com a Quero Passagem, um site de venda de passagens de ônibus.
Marcelo Linhares, CEO da Onfly
O CEO da Onfly destaca que o novo passo se pauta também na retomada das viagens corporativas. Linhares cita pesquisa divulgada em setembro, pela Kayak (plataforma de pesquisa de viagens), que confirma esse processo de reaquecimento do setor. “A pesquisa, com 1 mil entrevistados no Brasil, indica que 46% dos viajantes corporativos, ou seja, quase metade, devem retomar essa rotina de deslocamento nos próximos meses – 23,9% ainda para este ano, e 22,1% para o início de 2022”, sublinha.
Ainda segundo a pesquisa, 14% dos entrevistados declararam já terem retornado às viagens corporativas. Aumento de fluxo que vem sendo experimentado pela travel tech mineira – tanto que a Onfly reitera a meta de atingir R$ 40 milhões de volume transacionado neste ano. Até 2025, o objetivo é ainda mais ousado, porém, factível, conforme saliente Linhares: alcançar R$ 1 bilhão em valores transacionados.
A expansão da atuação para o segmento rodoviário é apenas um dos movimentos que a startup vem realizando nos últimos meses. Por exemplo, há pouco, em setembro, a empresa anunciou que vai investir na aquisição de agências de viagens.
Na avaliação de Linhares, mesmo com as tecnologias modificando hábitos, mantém-se um nicho de mercado para atender clientes “à moda antiga”. O caminho, ao investir nessas agências, é dotá-las de soluções tecnológicas para que continuem atendendo sua carteira de clientes de forma mais moderna, ágil, segura e eficiente.
A criação de um cartão corporativo – físico e virtual – é outra ação recente da travel tech. O cartão é utilizado pelos colaboradores das empresas clientes da Onfly, para o gerenciamento de seu orçamento e despesas. Desburocratização – portanto, maior agilidade – e segurança estão entre os ganhos proporcionados pelo novo produto.
SOBRE A ONFLY
A startup, fundada em Belo Horizonte, começou a operar em setembro de 2018. O crescimento foi acelerado: em pouco mais de um ano, em fevereiro de 2020, atingiu a marca de R$ 1,650 milhão em montante transacionado por mês. Contudo, foi duramente atingida pela pandemia de Covid-19, a partir de março daquele ano. Os valores transacionados baixaram para apenas R$ 14 mil.
Gradativamente, foi se reencontrando, até que, em novembro do ano passado, retomou o patamar pré-pandemia. Atualmente, conta com 185 clientes – empresas dos mais variados portes e das mais diversas atividades econômicas, em todas as regiões do Brasil.
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