ABIH-SP mede desempenho da hotelaria paulista em julho
Importante! Os dados comparativos referem-se ao mesmo período de 2019. Isso evita distorções, considerando os números atípicos de 2020, por conta da pandemia C-19
A 13ª edição da sondagem mensal realizada pela entidade, em julho, confirma sinais emitidos nos últimos meses. Ou seja: pouco a pouco, nota-se avanço discreto (mas consistente) em direção à retomada. Traz o resumo do desempenho da hotelaria paulista no mês de julho/21 com breve análise dos resultados.
Medidas preventivas tomadas por prefeitos e governadores, somadas ao avanço da vacinação, resultam em quedas nas taxas de contaminação e óbitos. Sem euforia, mas fortalecido pela confiança, o mercado passa por rearranjo geral. E vislumbra a recuperação dos negócios.
100%
Em julho/21, o número de hotéis abertos representava 100% do total pesquisado, contra 99,12% no mês de junho/21. As comparações foram feitas com o mesmo período de 2019, no pré-pandemia. Em 2020 , a pandemia afetou os números e isso distorce os dados comparativos.
Ressalte-se que a expressão ‘hotel fechado’ corresponde à informação declarada de ‘inoperação’ no momento da pesquisa. Não há como considerar a condição de fechamento provisório ou definitivo.
Pesquisa foi realizada de forma independente e adotou alguns comparativos com dados de outras entidades, para ratificar as análises. Dentre outras, contribuíram InFohb, Observatório do Turismo de São Paulo, Visite Campinas e ACE Ilha Bela. Trata-se da série exclusiva realizada pela ABIH – SP, coordenada por Roberto Gracioso.
Abrangência
Em julho/21, houve retorno dos hotéis de 14 MRTs do Estado, que abrigam 521 municípios. Ou 150.238 Uhs de oferta total. Foram consideradas 104.675 Uhs (69,68%) dos municípios que responderam à pesquisa, que ainda contou com 135 hotéis e 16.453 Unidades Habitacionais. O cálculo de taxa de ocupação, diária média e RevPar considerou, apenas, os hotéis abertos e em operação.
Principais Indicadores
Taxa de ocupação do Estado: 39,62%. Indicador mantém tendência de variação negativa, com -42,66% em relação a julho/19. Diária média: R$ 253,28, com tendência de manter variação negativa (-14,35% em relação a julho/19). RevPar do Estado: R$ 100,35 – mantida a tendência de variação negativa, com -44,59% em relação a julho/19.
Uma vez mais, reitera-se que as comparações foram feitas com o mesmo período de 2019, período pré-pandemia, pois 2020 a pandemia afetou os números e distorce os dados comparativos.
Panorama
Em julho/21, os hotéis em operação ainda mantiveram 11,21% de suas Uhs fechadas. Porém, houve o aumento da oferta em relação a junho/21 - 16,40% uhs fechadas. Em julho/21, a relação funcionários/Uhs permaneceu exatamente no fator 0,30 func/UH em relação a junho/21. Este dado aponta para nova estagnação de contratações no setor. Em comparação com o início da pesquisa, o índice de demissões ainda indica -50,00%.
Neste mês de julho/21, houve tendência de incremento dos indicadores nas MRTs pesquisadas. No entanto, muito aquém do ideal. Registre-se que a abertura e a retomada por parte do Governo do Estado e a temporada de férias em várias MRTs contribuíram para o aumento dos indicadores.
As MRTs com apelo corporativo mantém processo lento de recuperação, mas com sinais de retomada. Oportuno frisar que os hotéis também acumulam perdas de receitas significativas, nas atividades relacionadas ao trade de eventos.
Análise da Taxa de Ocupação dos Hotéis – Julho/2021
A taxa de ocupação acumulada do Estado ficou em 39,62%, com variação de -42,66% em relação a julho/19. Esta foi a maior taxa de ocupação apurada desde o início da série.
Em julho/21, as MRTs apresentaram variação mesclada em relação a junho/21. Enquanto algumas apresentaram boa recuperação, outras não. Cresceu o movimento nas MRTs turísticas, por conta da demanda represada de 2020.
O Governo do Estado de São Paulo liberou vários pontos que fomentaram a retomada da demanda. As MRTs de vocação corporativa, ainda sob forte retração, começaram a dar sinais de melhoria.
Análise da Diária Média de julho/21
A DM acumulada do Estado foi de R$ 253,28 – variação de -14,35% em relação a julho/19. Em julho/21, em relação a junho/21, houve MRTs que apresentaram variação positiva. O fato de ser mês de férias somou-se às medidas de liberação do Governo do Estado e ao avanço da vacinação.
Análise da RevPar de julho/21
A RevPar acumulada do Estado foi de R$ 100,35 e indica variação de -44,59% em relação a julho/19. Em julho/21, praticamente todas as MRTs apresentaram variação positiva em relação a junho/21, com maior incremento nas de vocação turística. Embora julho tenha atingido o maior pico desta série histórica, ainda há necessidade de recuperação em várias MRTs.
Principais Fontes da Pesquisa
Respostas da Hotelaria: Formulário de Pesquisa ABIH-SP.
Amostragem: Levantamento e Mapeamento - Pesquisa UAMTOUR. Cadastur. Receita Federal – CNAE. Embratur
Comparativos de Dados: Observatório do Turismo. Visite Campinas. Infohb. Atibaia e Região. ACE – Ilha Bela. APH Caraguá. CIET – Centro de Inteligência Econômica do Turismo – SETUR.
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