Ausência de feriados impacta vendas de viagens, mas abre espaço para novos produtos focados na demanda reprimida
Informação, segurança e flexibilidade de reservas são pontos fortes para que vendas com embarques futuros possam crescer
A exemplo do ano passado, por conta da pandemia da COVID-19, 2021 está se configurando como mais um ano com poucas oportunidades para viagens nos feriados. Depois do Carnaval e da Semana Santa (que não chegou a representar 25% do faturamento das operadoras de turismo em relação aos mesmos períodos de 2020), e com a antecipação desses momentos de descanso em virtude da necessidade de isolamento, o turismo deixa de contar com um importante aliado para a venda de viagens. É o que mostra o mais recente levantamento da BRAZTOA (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), que representa cerca de 90% das viagens de lazer comercializadas no Brasil.
Diante do cenário atual da pandemia e da série de lockdowns que restringiram a circulação em todo o Brasil, os resultados do setor de turismo são compreensíveis. Os feriados são grandes impulsionadores de vendas de viagens e, inclusive, muitas empresas possuem programas customizados especificamente para esses períodos, que acabaram ficando nas prateleiras.
Para 52% das operadoras, o faturamento do primeiro semestre de 2021 não atingirá 50% em comparação com o mesmo período anterior, que também foi grandemente impactado. Já em relação ao segundo semestre deste ano, há uma pequena melhoria na percepção e o número de empresas que espera um faturamento que não chegue a 50% cai para 48%. E 20% das pesquisadas espera um faturamento maior que o que ocorreu no mesmo período em 2021, ou seja, as expectativas são mais positivas.
O setor acredita no início de uma recuperação ainda no segundo semestre deste ano, que deverá se fortalecer, gradativamente, no decorrer de 2022. A demanda reprimida de viagens ganha cada vez mais corpo e é acompanhada de um movimento de extremo conhecimento das necessidades dos clientes por parte das operadoras, além do estreitamento da relação com fornecedores para oferecer o que as pessoas mais anseiam neste momento: boas oportunidades e segurança.
E neste contexto, as operadoras de viagens ganham ainda maior relevância e valor, se colocando a serviço de seus clientes para compartilhar informações claras e precisas sobre o status dos destinos e dos prestadores de serviços locais, para ajudar a conciliar as brechas de descanso nas agendas com oportunidades para a escapada tão sonhada e necessária – sozinho ou em família, para relaxar ou para aproveitar o home office de um lugar diferente - para customizar roteiros, valores, flexibilidade para reagendamentos, forma de pagamento e assim ajudar no planejamento com maior antecedência, enfim, para cuidar de tudo e proporcionar o descanso tão almejado, após tantos desafios.
“O Turismo segue se moldando à atualidade. Sem sombra de dúvidas, os feriados são importantes para a receitas das operadoras, mas nos diferenciamos pela nossa experiência, capacidade de adaptação e empatia. Para atender bem e agregar valor ao cliente aqui na ponta, movimentamos uma longa e dinâmica cadeia de parceiros e esse relacionamento, construído ao longo de anos ou décadas nos possibilita seguir em busca de alternativas que mantenham as empresas ativas e preparadas para esse novo ciclo que vem pela frente. Desenvolvemos novas habilidades, experiências, um novo olhar, estamos nos reinventando para atendermos com excelência e humanidade as viagens que cada indivíduo está ansioso para fazer em breve”, comenta Roberto Haro Nedelciu, presidente da Braztoa.
Sobre fevereiro
Mesmo aquém das cifras de anos anteriores, em fevereiro, 84% das operadoras Braztoa realizaram vendas. 36% disseram que o percentual não alcançou 10% do que foi comercializado no ano anterior e 20% apontaram que as vendas ficarem entre 10 e 25%).
60% das pesquisadas apontaram que os embarques dessas vendas acontecerão entre os meses de março e junho, mesmo percentual de operadoras que apontaram o segundo semestre como período de realização das viagens. Para completar, 40% das empresas venderam roteiros que acontecerão de 2022 em diante.
A lista de destinos nacionais mais comercializados traz Salvador, Fortaleza, Lençóis Maranhenses, Natal, Porto de Galinha e São Paulo (capital e interior). Já no internacional, Punta Cana, Cancun, Maldivas e Dubai se destacam.
Sobre a BRAZTOA
A BRAZTOA (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo) reúne operadoras de turismo, colaboradoras e empresas de representação de produtos e destinos, além de convidados, responsáveis por estimados 90% das viagens organizadas de lazer, comercializados pela cadeia produtiva no Brasil.
Em 2019, as operadoras associadas à Braztoa faturaram R$ 15,1 bilhões e embarcaram 6,5 milhões de passageiros durante todo o ano. Essas mesmas empresas geraram um impacto econômico de R$ 14,9 bilhões para a economia nacional, neste mesmo período (quantia que contempla a soma do valor dos pacotes comercializados para destinos nacionais, com o gasto médio diário com extras do turista nos destinos).
Entidade de vanguarda e sem fins lucrativos, a BRAZTOA promove ações e parcerias que valorizam as atividades empresariais dos associados, apoiando o desenvolvimento do mercado turístico de forma sustentável.
A associação também tem realizado, desde o início da pandemia de 2020, levantamentos mensais sobre a comercialização e gestão de seus operadores de turismo, disponíveis no site.
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