Empresários do Turismo brasileiros seguem mais otimistas que seus pares globais, mostra pesquisa. Mas situação do emprego piora
Novo estudo global mostra o impacto econômico da segunda onda de COVID-19 em agências de viagens e operadoras turísticas.
Travel Consul, a principal aliança internacional de marketing de viagens, divulgou hoje, durante uma live, os resultados de sua segunda pesquisa do ano, que revela o impacto da COVID-19 na indústria e a recuperação futura da distribuição global de viagens. Entre 14 e 28 de setembro de 2020, mais de 1.000 executivos de viagens (operadores de turismo e proprietários de agências) de mais de 20 países participaram dessa pesquisa global. Essa segunda rodada de 2020 reuniu novos insights relacionados às certificações de saúde, preferências dos viajantes e reservas antecipadas internacionais. No Brasil, ela contou com o apoio da Interamerican e da Braztoa.
Clique aqui para ter acesso à apresentação detalhada dos resultados.
Para os empresários brasileiros do turismo, o país está retomando as atividades cautelosamente e a pandemia está em declínio, ao contrário do resultado global, onde a maioria disse que seus países estão retomando as atividades, mas a pandemia está em crescimento. Danielle Roman, presidente e CEO da Interamerican, agência parceria da Travel Consul na América do Sul, comentou que “talvez por isso, como na pesquisa anterior, eles seguem mais otimistas que seus pares globais: enquanto esses acham que somente em 2022 o turismo vai voltar ao normal, os brasileiros acreditam numa recuperação já em 2021”.
Há uma concordância entre todos os países de que a principal e mais confiável fonte de informação para os empresários do turismo são as associações de agências de viagens e operadoras de turismo, como a BRAZTOA (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), apoiadora dessa pesquisa no Brasil. “Esse dado é um grande estímulo para seguirmos com o aprimoramento constante do nosso trabalho em prol do mercado de turismo, que tem se destacado pela forte atuação em pesquisas que tragam subsídios para uma gestão mais assertiva das empresas nesse momento de retomada, além dos esforços pelos pleitos do setor junto ao governo”, afirma Roberto Haro Nedelciu, presidente da BRAZTOA.
Estela Farina, vice-presidente da BRAZTOA e diretora geral da Norwegian Cruise Line no Brasil, representou a entidade na live de apresentação dos resultados
A situação do emprego no Brasil, entretanto, mostra-se pior em comparação com o resultado global. Aqui, a maioria das empresas do setor de turismo diz ter sido obrigada a dispensar funcionários. Já os números totais mostram que a maioria apenas mudou de tempo integral para meio período.
Com relação a viagens, no Brasil, a maioria dos clientes dos empresários de turismo apenas postergou seus planos para 2021, mas o número global mostra uma realidade maior de cancelamento total das viagens. Eles dizem ainda que, aqui, houve um decréscimo no número de dias de permanência durante a viagem, ao contrário do resultado geral, que mostra que essa quantidade permaneceu a mesma.
Abaixo estão as principais conclusões da pesquisa global:
As certificações de saúde do destino continuam sendo fundamentais para a recuperação
Mais uma vez, os resultados da segunda rodada indicam que a introdução de certificações de saúde e segurança (quase 60%) é a ação mais importante que as organizações de destino (DMOs) podem fazer para ajudar os parceiros de distribuição de viagens. As próximas três principais respostas incluíram campanhas de marketing para consumidores, apresentando dados úteis e oportunos, e central de informações para parceiros comerciais.
Quando questionados sobre quais são as principais considerações do cliente ao escolher um destino, a resposta número um é a certificação de saúde e segurança do destino (74%). A gestão governamental do país do destino quanto a pandemia de COVID-19 e a classificação de preços vieram em segundo e terceiro lugares, respectivamente.
O treinamento leva ao desenvolvimento de novos produtos
A adaptação do modelo de negócios é a principal medida implementada durante o terceiro trimestre de 2020, conforme relatado por quase metade dos entrevistados. Os programas de treinamento caíram 11%, enquanto o desenvolvimento de novos produtos (45%) e sua melhoria (35%) subiram na classificação.
Viagem individual e hotéis e resorts entre as preferências dos principais viajantes
Os clientes estão demonstrando um interesse crescente em viagens individuais (66%), hotéis e resorts (64%) e resorts all-inclusive (60%). Essas preferências são seguidas por acomodações para aluguel com cozinha, pequenos grupos de 8 a 15 pessoas e viagens aéreas combinadas com aluguel de automóveis.
Reservas antecipadas internacionais
Os clientes estão esperando para decidir quando viajar (48%) ou estão reservando uma viagem internacional com menos de um mês de antecedência (21%). As reservas de última hora estão se tornando mais proeminentes para os viajantes europeus (35%). Em contraste, 31% dos clientes norte-americanos reservam férias de sete meses a um ano antes da partida.
Como as políticas do fornecedor estão afetando os parceiros de distribuição de viagens
45% dos parceiros de distribuição acreditam que as políticas de cancelamento e flexibilidade dos fornecedores estão tendo um impacto positivo em seus negócios.
Associações de viagens relatadas como fontes de dados primárias
As associações de operadores turísticos e de agências de viagens continuam a ser a fonte de dados preferida durante esta crise (64%), seguida dos escritórios de turismo no destino (40%). Amigos da indústria (35%) passaram da quinta para a terceira posição nesta segunda rodada.
Os esforços de marketing para recuperação estão focados nas redes sociais
Com relação às atividades de marketing durante a recuperação, a mídia social foi claramente a vencedora, com sete em cada dez entrevistados afirmando que o marketing social era seu conceito principal. Digital e vendas, respectivamente, ficaram em segundo e terceiro lugares.
Como a COVID-19 está redefinindo funções e tarefas
Semelhante à primeira rodada desta pesquisa, 70% dos entrevistados acreditam que modificar as políticas de cancelamento ou termos e condições estará entre seus principais comprometimentos em 2020 e 2021. A venda de seguros, como resultado, teve um aumento de 12%.
Clique aqui para ter acesso à apresentação detalhada dos resultados.
Os vídeos da apresentação dos resultados podem ser vistos, na íntegra, nas págínas do You Tube da Interamerican Network e da Braztoa, a partir do dia 11 de novembro.
Sobre a Travel Consul
A Travel Consul é uma aliança internacional de marketing de viagens que consiste em 18 empresas de publicidade, mídia, relações públicas e marketing espalhadas por seis continentes diferentes - todas especializadas em viagens. Com mais de 600 clientes no setor de viagens e turismo, nossa equipe global de mais de 850 especialistas trabalha perfeitamente para implementar estratégias globais com conhecimento de mercado local único e relacionamento com a indústria. De B2B a B2C, a Travel Consul ajuda governos e organizações comerciais. www.TravelConsul.com
Sobre a Interamerican Network
Fundada em São Paulo em 1984 e com bases na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México, a Interamerican Network é a agência de comunicação líder na América Latina dedicada exclusivamente a clientes da indústria do turismo. Com soluções estratégicas, criativas e integradas em Relações Públicas, Marketing e Digital para destinos turísticos, hotéis e resorts, parques temáticos, centros de compras, companhias aéreas, aeroportos e produtos turísticos em geral, oferece planejamento e atendimento personalizado para cada cliente. A Interamerican Network faz parte de alianças globais, sendo o braço da Travel Consul na América do Sul e da APG Airlines no Brasil.
Sobre a BRAZTOA
A BRAZTOA (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo) reúne operadoras de turismo, colaboradoras e empresas de representação de produtos e destinos, além de convidados, responsáveis por estimados 90% das viagens organizadas de lazer, comercializados pela cadeia produtiva no Brasil. Em 2019, as operadoras associadas à Braztoa faturaram R$ 15,1 bilhões e embarcaram 6,5 milhões de passageiros durante todo o ano. Essas mesmas empresas geraram um impacto econômico de R$ 14,9 bilhões para a economia nacional, neste mesmo período (quantia que contempla a soma do valor dos pacotes comercializados para destinos nacionais, com o gasto médio diário com extras do turista nos destinos). Entidade de vanguarda e sem fins lucrativos, a BRAZTOA promove ações e parcerias que valorizam as atividades empresariais dos associados, apoiando o desenvolvimento do mercado turístico de forma sustentável.
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