Vai viajar pelo Brasil? App paga para você levar encomendas
A nova disparada do dólar deixou os brasileiros ainda mais perto do Brasil. Com o dólar turismo ultrapassando os 4,60 reais, o poder de compra do brasileiro no exterior caiu ainda mais, aumentando a procura por destinos turísticos locais.
Em meio a este cenário, foi lançado agora no início de dezembro, o aplicativo Bringuer para smartphones, tablets e computadores. Trata-se de uma plataforma digital, comunitária, que conecta compradores da internet a viajantes de todo o Brasil. Com o Bringuer, os compradores obtêm acesso aos produtos que eles amam, contando com a ajuda de pessoas que estão em viagem de ônibus, de trem, de carro e principalmente de avião, fazendo o papel de entregadores e ainda ganhando uma recompensa em espécie para isso. O modelo, conhecido como “Crowdshipping”, é semelhante ao da norte-americana Grabr, nas quais o viajante transporta produtos comprados no exterior a pedido do solicitante. No caso brasileiro, a operação acontece somente em território nacional.
O modelo da Bringuer tem como característica a logística realizada por meio dos próprios usuários da plataforma. Assim como nos aplicativos Airbnb e Uber, um usuário oferece um serviço a outra pessoa dentro do ambiente virtual desenvolvido pela startup.
O objetivo é facilitar o acesso a produtos que não são vendidos ou são caros demais onde os compradores moram. Além disso, a startup possibilita ao viajante que faz a entrega da mercadoria gerar uma receita extra estabelecendo taxas de entrega. A plataforma também se coloca como uma alternativa aos altos valores de fretes cobrados no comércio eletrônico e solução para um dos grandes problemas do mesmo setor, o abandono de carrinho.
“Criamos uma nova maneira para as pessoas financiarem suas viagens nacionais enquanto fornecem um serviço necessário aos compradores”, diz o CEO da Bringuer, Ricardo Gouvêa.
Por meio de uma plataforma online, disponível em formato de aplicativo para celular, tablet e computador, a startup facilita a conexão entre os interessados, oferece espaço para negociação e encomenda, e proporciona garantia de pagamento para os acordos fechados nesse ambiente virtual.
Segundo Gouvea, a ideia nasceu da observação de que muitos lugares do nosso pais, principalmente os das regiões Norte, Nordeste, Sul e Centro-Oeste, as pessoas possuem dificuldades em comprar bens de consumo, como produtos eletrônicos, roupas, informática, alimentos, saúde & beleza, por serem muito caros, ou por não estarem disponíveis, ou pelo fato dos altos valores de frete cobrados pelo nosso comercio eletrônico.
Na Bringuer, nossa visão é democratizar o acesso, quebrando as fronteiras para que todos os brasileiros possam desfrutar de seus produtos favoritos, independente de onde você estiver nesse brasilzão, complementa Gouvêa.
Modelo de negócio
Dentro da plataforma, os usuários realizam um cadastro, são verificados (email, telefone e conta bancária) e podem tanto fazer pedidos quanto, se estiverem viajando, se oferecer para trazer encomendas. A plataforma promove a apresentação entre as pessoas e elas se conectam com base no que procuram.
A startup cobra uma taxa do valor do produto. O restante do valor pago pelo comprador equivale ao preço do produto e a taxa de entrega do viajante que irá trazer a encomenda.
O viajante define quanto cobrará a mais sobre o preço do produto. A taxa é negociável e varia de um viajante para outro. Segundo a startup, geralmente os usuários do aplicativo podem cobram taxas maiores para mercadorias volumosas e pesadas.
O pagamento é todo feito através da plataforma para garantir que não haja problemas de fraude por ambas as partes. A empresa responsável pelo sistema de pagamento na plataforma é o Pagseguro do UOL, que desenvolve processos financeiros para negócios online.
Se o trato for descumprido, onde o viajante não trouxer o produto solicitado ou trazer, mas estiver com avaria, o valor da taxa de entrega não é liberado na plataforma para ele. O dinheiro, nestes casos, é devolvido integralmente ao comprador sem que haja prejuízo para o mesmo.
Para evitar que o produto encomendado venha errado, o comprador deve criar o seu pedido baseado em um link do produto vendido em loja online e solicitá-lo, garantindo que a mercadoria entregue seja exatamente a mesma que foi solicitada.
Atuação
Criada em 2019 pelo empresário brasileiro Ricardo Gouvêa, a startup está presente para os 5.568 municípios brasileiros. Gouvêa estima chegar ao final de 2020 com mais de 10.000 usuários cadastrados na plataforma.
A sede da startup fica na região de Jundiaí, no município de Campo Limpo Paulista, no Estado de São Paulo.
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