Anuário Braztoa 2019: faturamento das associadas BRAZTOA atingiu R$13,1 bilhões, em 2018
Resultado representa crescimento de 7,4% em relação a 2017
A BRAZTOA (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), acaba de lançar o Anuário Braztoa 2019, estudo com dados inéditos do setor das operadoras de turismo no país, que mostra, em números, o impacto do contexto econômico nacional e internacional no segmento de viagens de lazer e no comportamento do turista.
O ano passado mostrou uma continuidade de resultados positivos já iniciado no processo de travessia da recessão, realizado durante 2017. Apesar de a economia ter desapontado, com uma expectativa de alta do PIB em 2,7%, e resultado real de 1,1%, o turismo conseguiu manter sua retomada.
Em 2018, as empresas associadas à BRAZTOA, que representam estimados 90% das viagens de lazer comercializados pela cadeia produtiva do Brasil, foram responsáveis por um faturamento de R$ 13,1 bilhões, um crescimento de 7,4% em relação ao período anterior. Mesmo sendo considerado um ano ainda desafiador, percebe-se um crescimento real, ou seja, descontada a inflação, de 3,5%.
Destaque para o número de embarques de passageiros que teve um aumento de 17% em relação ao ano anterior e atingiu a marca de 6,5 milhões, bastante superior aos 5,5 milhões de 2017.
Do total de passageiros embarcados, 5 milhões foram para destinos dentro do Brasil, 77,1% do total. A porcentagem de turistas para destinos internacionais foi de 22,9%, ou seja, 1,5 milhões de brasileiros viajaram para fora do país em 2018, contra 1,2 milhões em 2017 (23,3% de crescimento)
O turismo nacional apontou crescimento de 5,7% em faturamento (passou de R$ 7,18 bilhões em 2017 para R$ 7,60 bilhões em 2018). Já as viagens para o exterior mantiveram a tendência de crescimento e contabilizaram alta de 11,4% no faturamento, atingindo R$ 5,2 bilhões.
No Brasil, o Nordeste segue liderando, recebendo 51,8% do total de passageiros embarcados, mas vale destacar o crescimento das regiões Sudeste e Sul, comparativamente ao ano anterior.
Nos embarques internacionais, o crescimento foi de 23,3%, com destaque para América do Norte (+45,4%), seguida de América do Sul (+29,6%) e Europa (+16,8). A região da América Central e Caribe, por sua vez, obteve leve crescimento (+4,4%). Já o bloco Ásia, África e Oceania foi o único a apresentar queda (-8,5%), resultado obtido após expressivo crescimento observado em 2017 (+50,7%).
Os valores médios dos pacotes praticados em 2018 para os mercados doméstico e emissivo internacional foram, respectivamente, R$ 1.521 (queda de 8,5% no ticket médio) e R$ 3.520 (queda de 9,6% no ticket médio).
Com relação ao comportamento do viajante, o tempo médio de duração das viagens manteve certa estabilidade com relação ao período anterior. Os mais curtos (até 4 dias) foram escolhidos por 27% das pessoas. Os médios (5 a 9 dias) ganharam adesão de mais da metade das escolhas dos consumidores (51%), enquanto os roteiros mais longos (mais de 10 dias) tiveram 22% nas procuras.
Sobre o tipo de pacote vendido, os completos – aqueles que envolvem a parte terrestre e aérea - continuam na preferência das pessoas, com 48% das escolhas. Isso mostra que o consumidor, sempre cauteloso, opta por agregar o máximo de itens ao seu roteiro logo no ato da compra, parcelando a viagem de forma a caber no bolso. Vale ressaltar que a utilização de aquisição a prazo, com pagamento parcelado em mais de cinco vezes, atendeu a maior parte dos clientes (64%).
Quando falamos em turismo nacional, existe um dado muito importante que deve ser ressaltado: o impacto econômico dessas viagens para a economia interna. Os turistas embarcados dentro do Brasil consumiram produtos e serviços não inclusos nos pacotes, como alimentação, transporte, passeios extras, visitas a parques, bares, presentes e artesanato, dentre outros, ajudando na geração de trabalho e renda nos destinos.
Para 2018, chegou-se ao valor de R$ 3,64 bilhões, ante R$ 3,60 bilhões em 2017 para este indicador. Ao somarmos o valor dos pacotes nacionais comercializados pelas operadoras R$7,60 bilhões, com o valor destes extras anteriormente citados, concluímos que os embarques domésticos da BRAZTOA geraram cerca de R$ 11,24 bilhões de reais de impacto para a economia nacional.
O ano de 2019 traz a perspectiva de continuidade de crescimento do setor. A melhoria contínua dos indicadores da economia deverá finalmente se desdobrar para o ambiente de negócios, fato que possibilitará um retorno de investimentos e fazer com que o país retome um crescimento mais vigoroso, trazendo de volta um ciclo virtuoso de renda e consumo.
Além de informações de mercado, o Anuário Braztoa 2019 conta com a publicação das ações de Sustentabilidade realizadas pela BRAZTOA, que incluem as iniciativas vencedoras do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade 2018/2019.
A versão completa do Anuário para download está disponível no site da BRAZTOA: www.braztoa.com.br
Sobre a BRAZTOA
A BRAZTOA (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo) reúne operadoras de turismo, colaboradoras e empresas de representação de produtos e destinos, além de convidados, responsáveis por estimados 90% das viagens organizadas de lazer, comercializados pela cadeia produtiva no Brasil.
Em 2018, as operadoras associadas à Braztoa faturaram R$ 13,1 bilhões e embarcaram 6,5 milhões de passageiros durante todo o ano. Essas mesmas empresas geraram um impacto econômico de R$ 11,2 bilhões para a economia nacional, neste mesmo período (quantia que contempla a soma do valor dos pacotes comercializados para destinos nacionais, com o gasto médio diário com extras do turista nos destinos).
Entidade de vanguarda e sem fins lucrativos, a BRAZTOA promove ações e parcerias que valorizam as atividades empresariais dos associados, apoiando o desenvolvimento do mercado turístico de forma sustentável.
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