Mensagem... Viagens
Viagens
Percebe-se, na Humanidade, sempre presente, um imenso desejo de repousar, espairecer, sair do trabalho, refazer energias.
Programas de férias se sucedem em todas as épocas do ano, com excursões, esportes, divertimentos.
Quem mora nos campos deseja viajar às cidades. Quem trabalha nas montanhas busca as praias. Quem vive nos trópicos anela pelo frio. E assim reciprocamente.
A febre das viagens toma conta das criaturas.
Aquele que não as realiza sente-se diminuído, marginalizado, sem status social.
Um grande número se entrega a trabalhos desgastantes durante o ano, aceita sacrificar horas extras de seu dia, para poder guardar aquele valor a mais e realizar o seu sonho nas férias.
Além disso há aqueles que assumem compromisso para pagar depois, aceitando juros exorbitantes, que irão lhes trazer certo arrependimento mais tarde.
Conseguimos perceber que tudo isso se trata de um modismo e uma conveniência social?
São poucos os que não caem nessas armadilhas.
Com raras exceções, as viagens são penosas e as tais excursões mais cansativas do que relaxantes. Pouco repouso e muito incômodo.
As alegrias e entusiasmos do começo emurchecem à medida que passam os dias, substituídos pelo sono irregular, pelas indisposições, pelas horas intermináveis de espera nessa ou naquela fila e pelos maus atendimentos que se sofre.
A propaganda bem-feita nos vende algo, mas a realidade é bem diferente.
Curioso como algumas expressões pós-viagens, demonstram que algo não está certo:
Gostaram da viagem?
Sim, tudo lindo! Mas, não víamos a hora de voltar!
Já voltaram? Como estão?
Cansados! Sabe, achamos que a melhor parte da viagem é voltar para casa.
Tais comentários são simbólicos, verdadeiros e impressionam.
Analisemos com calma a questão por inteiro.
Toda mudança de atividade faculta renovação de energias e dá novas motivações.
O homem necessita, sem dúvida, de férias, de repouso, de espairecimento, que lhe proporcione alegrias e refazimento para prosseguir trabalhando.
No entanto, expedientes excitantes, planos extravagantes, movimentação contínua e horários preestabelecidos constituem esforços desnecessários, com desperdício de energias.
A preocupação com trajes, a aparência, o tormento das compras de novidades e lembranças exaurem o sistema nervoso, que se desgoverna, gerando irritação e mau humor.
Onde o descanso? Onde o refazimento?
Saímos de uma panela de pressão para entrar em outra, de outra marca, em outro fogão?
Repouso é tranquilidade interior, recuperação de forças, conquista de otimismo, estar de bem com a vida.
Viagens devem ser feitas com calma e com objetivos diversos dos que usualmente têm nos movido.
Conhecer novos lugares, novos costumes, outras pessoas, sem pressa.
Dar-se de presente o belo da natureza e também o belo da criação humana e sua rica história. Quanto podemos aprender, sem pressões, sem horários rígidos e sem inquietações desnecessárias.
O repouso faz parte da lei do trabalho.
Aprendamos a repousar de verdade.
Redação do Momento Espírita, com base no
cap. 16, do livro Jesus e atualidade, pelo
Espírito Joanna de Ângelis, ed. Pensamento.
Em 2.1.2025.
Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
<::::::::::::::::::::>