Na esfera do tempo, finda mais um ano. E, como algo insistente e repetitivo, a cada final de ciclo, somos convidados a olhar para o que foi vivido, o presenciado.

Quantos passos, mesmo que incertos, ou equivocados, caminhamos neste ano. Passos que nos levaram para perto daqueles que amamos. Ou que nos afastaram deles.

Ou nos conduziram a lugares jamais sonhados ou idealizados. Plataformas de conquistas, de lauréis.

Quantas palavras pronunciadas: palavras em momentos de felicidade. Também em momentos de dor e sofrimento. Lamentos.

Palavras que tiveram o poder de acalentar e consolar, infundir esperança quando o desânimo se fazia presente.

Quantos olhares trocamos ao longo desses meses. Olhares que transmitiram amor, compreensão, encorajamento.

Talvez, em alguns momentos, incompreensão. Até certo distanciamento. Olhares que revelaram nossas emoções mais profundas.

Quantos sorrisos oferecemos: sorrisos tímidos, sorrisos espontâneos, de pleno contentamento.

Outros um tanto forçados, por algum motivo, mas que, ainda assim, iluminaram os dias de quem nos cercava, infundiram novo alento para que avançassem mais um passo.

Quantas lágrimas derramamos: lágrimas de alegria por conquistas alcançadas, lágrimas de tristeza em despedidas ou ante desafios que pareciam insuperáveis.

Quantos silêncios compartilhados: silêncios que falaram mais do que palavras, que trouxeram a paz ou revelaram a dor oculta em nossos corações.

Quantas lições, desafios e momentos de superação! Cada dia trouxe consigo uma nova oportunidade de aprendizado. E, mesmo nos momentos de dor e incerteza, havia sempre uma semente de crescimento.

O que nos pareceu difícil, na verdade, estava moldando nossa alma, conduzindo-nos a uma melhor compreensão de nós mesmos e de nossa jornada.

* * *

A vida é um constante progresso. Inseridos na lei de ação e reação, cada atitude nossa gera uma consequência. Isso não deve ser visto como um peso, mas como um estímulo à evolução.

O que plantamos neste ano, colheremos no futuro. As nossas escolhas, por menores que pareçam, são pedras que pavimentam o caminho da nossa existência e ajudam a construir felicidade.

A moeda do amor é a verdadeira riqueza da alma. É a que devemos buscar acumular em nossos atos, palavras e pensamentos.

As dificuldades que enfrentamos são degraus que nos conduzem a patamares mais elevados. Cada um de nós é capaz de superar os percalços do caminho, pois sabemos que a ninguém é dado fardo maior do que possa carregar.

Ante um novo ano, tenhamos em mente que, assim como o sol sempre nasce após a noite mais escura, cada ciclo que se renova nos traz novas chances de recomeço.

Cada amanhecer é, por si só, uma oportunidade de renovação, de crescimento e de transformação.

Imaginemos então, os novos dias que nos serão oferecidos. Que cheguemos a eles com o coração leve, a disposição para o perdão no peito e a fé renovada.

O amanhã que Deus nos oferta é nossa nova oportunidade de felicidade e paz. Trabalhemos por merecê-lo.

Redação do Momento Espírita
Em 31.12.2024