Mensagem... A fé que transporta montanhas
A fé que transporta montanhas
Ele viera para as ovelhas perdidas da Casa de Israel. E as ovelhas perdidas precisam ser buscadas e trazidas de volta ao redil, à segurança.
Por isso, Jesus peregrinou pela Galileia, pela Judeia, Pereia e adentrou as terras dos cananeus.
Os apóstolos, que seguiam com Ele, estranharam que fosse a cidades como Tiro e Sidon, conhecidas por suas riquezas naturais e por suas manufaturas.
Também por seus cultos a diversos deuses.
Havia templos suntuosos. A todo momento, circulavam pessoas pelas ruas, com flores ou conduzindo animais, a fim de os oferecerem em sacrifícios.
Tendo passado a noite na cidade de Tiro, situada ao norte da Galileia, pela manhã, Jesus e os apóstolos se puseram a caminho.
Então, a comitiva foi surpreendida por uma mulher que, em altos brados, suplicava a intervenção de Jesus para sua filha doente.
Ela o chamava filho de Davi, o que demonstra que sabia que era o Messias, o pastor de todas as ovelhas.
Enquanto eles continuavam seu caminho, ela os seguiu suplicando, sem parar.
A posição de Jesus é proposital. Ele espera que algum dos Seus interfira, tenha compaixão daquela mãe.
Pelo contrário, eles pedem que Ele a mande embora, que diga para ela parar de gritar.
Nesse momento, Jesus se detém e estabelece com ela um diálogo que, ao final, transborda de ternura.
Um diálogo no qual ela afirma, corajosa, que qualquer um é digno de socorro, mínimo que seja, não importando sua procedência, sua raça.
Por isso, receberá de Jesus a sentença: Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu desejas.
Retornando ao lar, verificou a mãe aflita que sua filha estava curada.
*
Há sublimes lições nessa passagem evangélica e, contrariamente ao que possa parecer, elas estavam endereçadas mais aos discípulos do que à mulher cananita.
Em síntese, as lições se fazem de oportunidade para nós, no tempo presente.
A primeira lição é a de reconhecer que todos temos problemas, que não há privilegiados na Criação.
Também que somos filhos do mesmo Pai e merecedores do Seu amor e dos Seus cuidados.
A segunda lição é a da humildade, reconhecendo nossa pequenez, necessitados da bondade de Deus, do atendimento pelos Seus mensageiros, na Terra, ou na Espiritualidade.
A terceira lição é a da compaixão. É ela que nos move no sentido de socorrer o nosso irmão, por vezes, às voltas com sofrimentos bem maiores do que os nossos.
E, finalmente, a lição da fé. Essa fé ativa, consciente, plena.
Fé que nos mantêm em pé, mesmo quando as enxurradas da vida nos pretendem derrubar.
Fé que nos alimenta a esperança e nos faz crer, firmemente, que amanhã será melhor, que o sol tornará a nascer, depois da borrasca intensa e que terá fim a chuva de dores.
Afinal, por mais longa e negra seja a noite, hora chega em que a claridade afugenta as sombras e nos permite ver o dia que amanhece.
Portanto, por mais dolorida seja a situação que estejamos vivendo, por mais intensas nos pareçam as dores, por nos sentirmos quase ao abandono, lembremos: Deus está conosco.
E se o Pai está conosco, tenhamos certeza: o socorro haverá de nos chegar.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. A apelante cananita, do
livro As primícias do Reino, pelo Espírito Amélia Rodrigues, psicografia
de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 1º.11.2023.
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