Mensagem... Nem só de pão...
Nem só de pão...
As palavras foram registradas pelo Evangelista Lucas e foram pronunciadas pelo Mestre de Nazaré.
Em verdade, repetindo o que se encontra no livro bíblico do Antigo Testamento, Deuteronômio: Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra de Deus.
Nos dias que atravessamos, em que o isolamento social se impôs, voltamo-nos, quase todos, para a internet e buscamos as mais diversas plataformas para nos comunicarmos.
Atividades presenciais nos templos religiosos foram substituídas por registros virtuais, em dias e horas preestabelecidos.
Companheiros habituados a reuniões para estudo da Doutrina que abraçam, para as preces em conjunto, passaram a se encontrar, virtualmente.
O que registramos é que o número de lives, reuniões virtuais, encontros, treinamentos têm crescido de forma assustadora, desde o início da pandemia.
É comum ouvirmos pessoas afirmarem que se encontram em atividade virtual intensa, com as horas muito mais ocupadas do que quando atuavam presencialmente, no templo religioso.
Consideramos que as ofertas virtuais são inúmeras. E falamos daquelas de boa qualidade, que oferecem conteúdos de estudo, de reflexão.
São, verdadeiramente, períodos em que pelo celular ou pelo computador, nos ligamos ao Superior.
Ouvimos palestra aqui, outra ali. Logo mais, um treinamento. E nossas horas vão sendo preenchidas.
Com certeza, louvável o esforço empreendido pelos religiosos, por conferencistas de renome para nos oferecerem produtos de alto valor.
No entanto, é importante nos indagarmos se não estamos apenas ouvindo, ouvindo e ouvindo, sem tempo para aprofundamentos pessoais.
Parafraseando Jesus, pensemos que nem só de atividades virtuais devemos nutrir os nossos pensamentos.
É muitíssimo importante que saibamos valorizar o livro, esse recurso que a vida nos deu e que a inteligência humana conseguiu fazer aflorar, desenvolver-se, permitindo que hoje o tenhamos, no mundo inteiro.
O livro, impresso ou digital, não deve ser abandonado.
É importante viajarmos pelas asas da literatura, sejam romances, livros épicos de ciências, de filosofia, livros religiosos, livros de lazer.
Quando ouvimos, acompanhamos o pensamento alheio. Quando lemos, temos a oportunidade de realizar o mergulho no conteúdo, no nosso ritmo, na nossa velocidade mental.
Dessa forma, guardemos um tempo para essa busca nas letras, inebriando a alma com versos de luz.
Permitamo-nos viajar no tempo, no espaço, enquanto percorremos com os olhos, as linhas dos escritos.
Deixemos repousar os olhos sobre uma frase que nos chama a atenção. Deliciemo-nos com a poesia dos versos, a harmonia das frases encadeadas, numa narrativa sem par.
Livro. Sempre tesouro precioso.
Encantemo-nos com as descobertas das sílabas que formam o universo da escrita.
Ouçamos, assistamos todas as lives e todos os bons conteúdos. Mas, lembremos, não somente isso.
Permitamo-nos um tempo para ler e reflexionar.
Para ler e anotar. Para apreciarmos uma boa e profunda leitura.
Redação do Momento Espírita, com base no
programa televisivo Vida e Valores, O livro
e a leitura, de Raul Teixeira, ed. FEP e
citação do Evangelho de Lucas, cap. 4,
vers. 4.
Em 25.8.2020.
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