Mensagem... Ainda e sempre a gentileza
Ainda e sempre a gentileza
A Terra, em sua transição de um mundo de provas e expiações para um mundo de regeneração, apresenta, todos os dias, grandes tragédias.
São aquelas provocadas pela natureza em fúria, que se traduzem em terremotos, ciclones, furacões, chuvas intensas.
São aqueloutras, provocadas pelo ser humano, em sua forma ainda familiarizada com a maldade e que produzem muitas lágrimas.
Também tragédias provocadas pelo ceticismo e pelo fanatismo que crescem desequilibrando mentes e corações, afastando pessoas queridas...
Por isso, em meio à indiferença que gera frieza, amargura e até revolta, tentemos cultivar o que é básico, essencial, primordial mesmo para uma vida mais leve e feliz: a gentileza!
Encontremos espaço e tempo para cultivá-la em nossas relações, exercitando-a em atitudes simples e possíveis.
Poderão parecer sem maior importância. No entanto, são preciosos momentos que podemos ofertar de nós, sem esforço algum.
Por exemplo, um olhar compreensivo ante o equívoco de alguém. Um abraço festivo. Um sorriso de contentamento.
A gentileza de permitir a pessoa atravessar a rua, enquanto aguardamos com nosso carro.
No ceder um lugar no transporte público. Pode ser a um idoso, uma senhora grávida, alguém com uma criança ao colo ou com muitas compras.
Na gratidão a um garçom, um frentista, um caixa de banco ou supermercado.
Pensemos em quantas horas eles devem permanecer em seus postos, atendendo e atendendo. Como se sentirão gratificados pela gentileza do nosso Muito obrigado.
Exercitemos a gentileza também no pedido de desculpas sincero. Afinal, quem não comete erros e faltas neste mundo?
No respeito a uma fila que já existia antes da nossa chegada, mesmo que estejamos com pressa pelo compromisso de logo mais.
Na paciência com alguém lento ou apressado.
Na mensagem otimista que compartilhamos sem excessos e neuroses.
Na ligação apenas para saber como o outro tem passado. Numa informação que damos, detendo o passo, atenciosos.
Numa qualidade que reconhecemos em alguém e com prazer verbalizamos para a própria pessoa.
Numa lágrima que discretamente enxugamos no rosto alheio. Num enxoval que silenciosamente providenciamos.
Numa planta que sem alarde regamos.
Numa alegria que dividimos.
Num café que oferecemos.
Numa oração por quem precisa.
No pão que podemos providenciar a quem tem fome.
No respeito a quem pensa e vive de um jeito diferente do nosso.
Na gratidão a quem nos beneficia.
No relevar a falta de um amigo.
No cuidado com um animal.
Tudo isso está ao nosso alcance fazer sem prejuízo para os nossos compromissos, investimentos, compras, viagens, tratamentos e redes sociais.
Basta que tenhamos vontade e julguemos importante o cultivo desse cuidado.
Não esperemos por governos, autoridades, líderes religiosos, guias, anjos, todos importantes em seus respectivos papéis entre nós.
Façamos antes a nossa parte e encontraremos a alegria e a paz que tanto desejamos, que não vêm por atacado. Elas chegam como a chuva fina, mansa e discreta, no grande varejo da nossa existência.
Redação do Momento Espírita, com base no texto Gentileza, de Cezar Braga Said.
Em 7.5.2019.
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