Criptomoeda em pauta: posse de Trump eleva cotação e acende alerta em investidores
Luis Fernando Cabral, contador e especialista no assunto, diz que é preciso analisar o mercado para saber se é o momento de adquirir ou de vender determinadas moedas
Investidores de criptoativos estão de olho na movimentação do mercado desde que o republicado Donald Trump assumiu, pela segunda vez, a presidência dos Estados Unidos. Considerado o primeiro candidato a aceitar doações em ativos digitais, incluindo o bitcoin, e sinalizando que deve criar uma reserva federal de criptomoedas, ele próprio e a primeira dama Melania Trump criaram cada qual uma respectiva moeda digital, com alta valorização após a posse. Especialistas no assunto recomendam cautela.
“A euforia da posse de Trump, seu discurso nacionalista e a guinada da política econômica nos Estados Unidos talvez tenham contribuído para ajudar a elevar a cotação do criptoativo de modo geral e das próprias ‘memecoins’ criadas por ele e pela primeira-dama”, avalia Luis Fernando Cabral, contador especialista em contabilidade para investidores, da Contador do Trader. De acordo com ele, não é que não se recomenda a compra de criptoativos, mas é preciso analisar o mercado para saber se é o momento de adquirir ou de vender determinadas moedas.
Trump já disse em entrevistas e discursos que quer tornar os Estados Unidos uma espécie de hub de criptomoedas. Inclusive, criando a sua ‘memecoin’ $Trump, que chegou a ter 680% de valorização e, dois dias depois, caiu para 450%, assim como a criptomoeda da primeira-dama, que ultrapassou os 25% de valorização, mas deu uma desacelerada alguns dias após a posse. “Esse movimento é natural, por isso é que sempre recomendo cautela, análise e a ajuda de um especialista que possa orientar a compra e a venda. Afinal, é preciso pensar também nas consequências tributárias posteriores”, alerta o contador.
De acordo com Luis Fernando, o investidor deve ficar atento à obrigatoriedade da declaração dos criptoativos, pois muitas pessoas estão obrigadas, mas não realizam a declaração. O imposto só incide sobre ganhos maiores que R$ 35 mil por mês em exchanges nacionais. A partir de então, cobra-se 15% sobre ganhos até R$ 5 milhões, 17,5% entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões, 20% entre R$ 10 milhões e R$ 30 milhões e 22,5% sobre ganhos acima de R$ 30 milhões mensais. Quando a venda do ativo acontece em exchanges do exterior, a tributação é fixa em 15%, mas sem qualquer tipo de isenção. “Por isso é preciso avaliar se vale a pena entrar na onda de um criptoativo, para saber se é momentâneo ou não e analisar as consequências.
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