Apesar da pandemia, número de novas empresas cresce significativamente em 2021, aponta estudo
Com crescimento de 61,72% no primeiro semestre, número de empresas abertas é o maior dos últimos quatro anos; investimento ultrapassa R$ 98 bilhões
A pandemia impactou fortemente toda a sociedade, gerando uma forte crise econômica e também política. Apesar deste cenário de instabilidade, no primeiro semestre deste ano foram criadas 643.533 novas empresas no Brasil, o que representa um crescimento de 61,72% em relação ao mesmo período de 2020, o maior aumento dos últimos quatro anos. O levantamento não considera os Microempreendedores Individuais – MEIs. Os dados fazem parte de um estudo feito pelo Empresômetro Inteligência de Mercado, plataforma de business intelligence que oferece soluções estratégicas para o mercado B2B e B2G.
O resultado do estudo reflete um aumento na confiança dos empresários, como ressalta o head de estudos do Empresômetro, Gilberto Luiz do Amaral. “Ainda estamos em meio a um cenário de pandemia, que já dura um ano e meio, mas este significativo número de novas empresas demonstra que os empresários estão mais confiantes e acreditando na recuperação econômica do país. O estudo mostra que houve crescimento na abertura de empresas de todos os portes, seja grande, média, pequena ou micro”, destacou.
Na tabela abaixo é possível observar a quantidade de empresas abertas nos primeiros semestres desde 2018, assim como uma variação comparativa em relação aos anos.
Investimento nas novas empresas
Além do aumento no número de empresas abertas, o valor investido nos novos negócios também aumentou. No primeiro semestre de 2021 o montante registrado de capital social alcançou o valor de R$ 98,35 bilhões, um aumento de R$ 35,66 bilhões, ou seja, 56,88% em relação ao mesmo período do ano passado.
Abertura de empresas por estado
Todos os estados brasileiros apresentaram um crescimento no número de empresas abertas no primeiro semestre de 2021. São Paulo foi o estado que apresentou a maior quantidade de novos negócios, registrando um aumento de 60,41% em relação ao ano anterior, com 187.153 empresas abertas. Em seguida Minas Gerais com 64.918 novos negócios e o Rio de Janeiro com 46.122 novos empreendimentos. Em termos percentuais os destaques são Amapá com 118,74% de crescimento, Pernambuco com 88,86% e Alagoas com 86,34%.
Houve um aumento também em relação a criação de novas empresas estrangeiras no país, como pode ser visto na tabela abaixo:
Abertura de negócios por ramo de atividade
Na análise por ramos de atividade, o que mais se destacou na abertura de empresas no período, com 16.768 novos empreendimentos, foi de Serviços Combinados de Escritório e Apoio Administrativo, que é uma classificação utilizada para identificar atividades de serviços compartilhados (administrativos, financeiros, contábeis, de tecnologia da informação), escritórios virtuais e consultorias variadas.
Em seguida o setor de Comércio Varejista de Artigos do Vestuário e Acessórios, que abriu 13.482 empresas. “O estudo identificou também que o terceiro setor que mais abriu empresas no primeiro semestre foi o ramo de Atividade Médica Ambulatorial Restrita a Consultas, que criou 10.561 negócios. O que pode ser justificado por conta da pandemia, já que esta classificação é utilizada nas atividades de consultas e tratamento médico prestadas a pacientes externos exercidas em consultórios, ambulatórios, postos de assistência médica, clínicas médicas, clínicas oftalmológicas e policlínicas, consultórios privados em hospitais, clínicas de empresas, centro geriátricos, bem como realizadas no domicílio do paciente”, explicou o Head de Estudos do Empresômetro.
Abaixo é possível observar os 20 setores que mais abriram empresas no primeiro semestre, incluindo um comparativo com anos anteriores.
Sobre o Empresômetro
Fundado em 2017, o Empresômetro oferece soluções de mercado B2B e B2G utilizando a mais alta tecnologia da informação, garantindo segurança na tomada de decisão dos gestores de empresas, que almejam crescer com inteligência.
Resultado de um projeto Sociotecnológico do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), tornou-se uma spin-off, oferecendo soluções para o mapeamento de mercado, monitoramento de preços e prospecção qualificada.
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