Executivos da área de finanças acreditam na recuperação da economia e crescimento das empresas neste ano
Diretamente ligados ao desempenho geral da economia, CEOs do setor apresentam opiniões semelhantes à média global da pesquisa da PwC
Pouco mais de um ano depois da Covid-19 ter provocado uma revolução mundial e a adaptação de todos os mercados, a recuperação e o crescimento são uma possibilidade – pelo menos para os empresários do setor de Serviços Financeiros. De acordo com a 24ª edição da Pesquisa Global com CEOs da PwC (24th Annual Global CEO Survey), as expectativas para a área são bem parecidas com a média global: apostam em um cenário mais positivo para este ano em comparação com o esperado para 2020.
Como o setor de serviços financeiros trabalha diretamente ligado à movimentação econômica, as respostas dos CEOs tendem a ser impactadas diretamente pela situação atual. Dessa maneira, a avaliação dos entrevistados se torna importante, porque serve não só como ponto de partida mas também como eventual medida de comparação do otimismo ou pessimismo de outros setores.
Em relação à economia global, por exemplo, 75% dos CEOs do setor de Financial Services acreditam que o desempenho será melhor em 2021 (ante 76% da média global). Para 9% dos entrevistados, a situação se manterá (no cenário mundial, 10% acreditam nessa possibilidade), enquanto 16% (ante 14% da média global) acreditam que a economia vai sofrer desaceleração.
As expectativas para este ano são positivas: 36% dos CEOs (mesmo resultado que a média global) afirmam estar muito confiantes no crescimento da empresa para os próximos 12 meses. Já para os próximos três anos, essa esperança é menor, com 44% dos empresários dizendo estar muito confiantes, ante 47% da média global – mesmo raciocínio aplicado em relação aos lucros da empresa, com 62% (ante 65% da média global) afirmando apostar na melhoria da rentabilidade.
Obstáculos no caminho
Os CEOs do setor de Financial Services consideram como principais ameaças, em primeiro lugar, eventuais ataques e ameaças cibernéticas (56%). Na sequência, aparecem a pandemia e outras crises sanitárias (51%), excesso de regulação (50%), incerteza em relação a políticas (39%) e crescimento econômico incerto (35%). Com 31% cada um, dividem o pódio das preocupações a incerteza na política tributária, populismo, “misinformation” e velocidade dos avanços tecnológicos. O aumento das obrigações tributárias, com 29%, fecha a lista das 10 maiores ameaças para o setor.
Contra-ataque
Nesse cenário, algumas alternativas são consideradas para aumentar a competitividade da empresa. Em primeiro lugar, está a produtividade por meio da automação e da tecnologia (43%, contra 36% da média global), seguida por mudanças ou adaptações na cultura e comportamentos no ambiente de trabalho (36%, contra 32% global), foco nas competências e na adaptabilidade dos profissionais (35%, contra 31% global) e foco na saúde e bem estar da força de trabalho (31%, contra 28% global).
Engajamento e comunicação com a força de trabalho (26%), abordagem de gestão de desempenho (22%), foco em incubadora de líderes para o futuro (20%) e foco em diversidade e inclusão (19%) também fazem parte da lista de estratégias a serem adotadas pelos empresários do setor.
Sobre a PwC
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